ZONEAMENTO agroecológico do dendê para o estado de Pernambuco: alternativa para diversificação da região canavieira da Zona da Mata: relatório técnico.

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Resumo: O objetivo geral do Zoneamento Agroecológico do Dendê para o Estado de Pernambuco foi fornecer subsídios técnicos para formulação de políticas públicas visando apoiar a introdução e produção sustentável de dendê no território pernambucano, como opção para a diversificação de cultivos, em especial para as terras atualmente cultivadas com da cana-de-açúcar. Utilizando técnicas de processamento digital, foi realizada uma avaliação do potencial das terras para a produção da cultura do dendê em regime de sequeiro (sem irrigação plena) tendo como base as características físicas, químicas e mineralógicas dos solos, expressos espacialmente em levantamentos de solos e em estudos sobre risco climático relacionados aos requerimentos da cultura (precipitação, temperatura do ar e deficiência hídrica). Os principais indicadores considerados na elaboração do Zoneamento Agroecológico foram à vulnerabilidade das terras, o risco climático (deficiência hídrica máxima de 350 mm), o potencial de produção agrícola sustentável e a legislação ambiental vigente. Adicionalmente, foram excluídas as terras com declividade superior a 12%, as áreas com cobertura vegetal nativa, as áreas de proteção ambiental, terras indígenas, remanescentes florestais, dunas, mangues, escarpas e afloramentos de rocha, reflorestamentos, áreas urbanas e de mineração. As áreas indicadas para a expansão compreendem aquelas atualmente em produção agrícola intensiva, produção agrícola semi-intensiva, lavouras especiais (perenes, anuais) e pastagens. Estas foram classificadas em três classes de potencial (alto, médio e baixo) discriminadas ainda por tipo de uso atual predominante (Ag - Agropecuária, Ac - Agricultura e Ap - Pastagem) com base no mapeamento dos remanescentes florestais em 2002, realizado pelo Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira do Ministério do Meio Ambiente - Probio-MMA. Os estudos foram realizados para todo o Estado de Pernambuco. Foram empregadas as melhores informações temáticas e cartográficas disponíveis com escala de abstração de 1:250.000. Os resultados estão apresentados em mapas nos formatos shape file e PDF e, em tabelas com estimativas de áreas aptas ao cultivo por município e tipo de uso da terra. As estimativas realizadas indicam que o Estado dispõe de uma área potencial de 248.271 ha, sendo que destes 37.888 ha foram considerados como de aptidão agroecológica Alta com produtividade esperada igual ou superior a 5,2 t de óleo/ha/ano; 97.243 ha com aptidão média - produtividade entre 4,4 e 5,2 t de óleo/ha/ano e; 113.141 ha de baixa aptidão - produtividade entre 3,5 e 4,4 t de óleo/ha/ano, de acordo com as correlações de produtividade e oferta hídrica adotadas neste estudo. Os resultados obtidos mostram que o Estado de Pernambuco dispõe de cerca de 248.271 ha de áreas aptas à expansão do cultivo com dendê, sendo que destas cerca de 37.888 de ha foram considerados com alta aptidão (deficiência hídrica anual entre 0 e 150 mm), 97.243 de ha como média aptidão (deficiência hídrica anual entre 150 e 250 mm) e 113.141 ha como de baixo potencial para o cultivo (deficiência hídrica anual entre 250 e 350 mm - irrigação suplementar indicada). As áreas aptas à expansão ocorrem, entretanto, associadas na paisagem à terras de relevo ondulado a montanhoso, restringindo a implantação de grandes áreas comerciais contínuas, indicando que o cultivo do dendezeiro nas áreas aptas somente será possível em pequenas áreas dispersas e/ou de forma consorciada com pequenos produtores rurais.

Ano de publicação: 2009

Tipo de publicação: Relatórios técnicos

Unidade: Embrapa Solos

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