Autoria: PORRO, R.; SOUSA, R. C. de; SILVA NETO, L. R.; RODRIGUES, E. D.

Resumo: O estudo apresenta metodologia para análise da cadeia de valor das amêndoas de babaçu, um dos produtos mais relevantes da sociobiodiversidade brasileira, e discute resultados obtidos em 2021 a partir da aplicação dessa metodologia no Médio Mearim, Maranhão, território de maior produção de babaçu no país. Entrevistas junto ao universo de estabelecimentos comerciais que adquirem essa produção em 25 municípios indicam que quebradeiras de coco em 9.000 domicílios do território venderam 6.000 toneladas de amêndoas em 639 pontos de comercialização, com média anual de 661 kg por domicílio extrativista. Os responsáveis pelos pontos de comercialização repassaram a produção para 23 comerciantes regionais, que a transportaram para 11 unidades processadoras de óleo, 8 delas localizadas no território. A obtenção de informações detalhadas e confiáveis sobre a cadeia de valor do babaçu é fundamental para definir políticas públicas em apoio à economia associada ao extrativismo e aos grupos sociais vulneráveis que dele dependem para sua sobrevivência. Além de apresentar os métodos e resultados da pesquisa, o estudo contribui para a aferição de estatísticas oficiais sobre a produção e o engajamento na atividade extrativa do babaçu, e discute implicações para a Política de Garantia dos Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio).

Ano de publicação: 2022

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Amazônia Oriental

Palavras-chave: Attalea speciosa, Bioeconomia, Extrativismo, Sociobiodiversidade