Autoria: DIONISIO, R. M. F.; CASTANHA, R. F.; VALLIM, J. H.; CASTRO, V. L. S. S. de; JONSSON, C. M.

Resumo: Resumo ? A atrazina é um herbicida que tem se destacado nos últimos anos por ser um dos agrotóxicos mais comercializados no País, sendo utilizada para o controle de ervas daninhas, principalmente em plantações de milho, cana-de-açúcar e sorgo. O nanoencapsulamento deste composto tem sido uma estratégia para combater impactos ambientais na agricultura. O objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos da nanoatrazina no crescimento de bioindicadores através da transferência trófica, com foco nos efeitos nocivos para espécies presentes em ambientes aquáticos. Os organismos foram expostos aos compostos ATZ-NPZ (atrazina encapsulada em nanoparticulas de zeína) e ATZ-PCL (atrazina encapsulada em nanoparticulas de poli-épsilon-caprolactona), na presença e ausência de materia orgânica. Não foi observada diferença significativa (p>0,05) de todos os tratamentos em relação aos controles, com exeção em ATZ-PCL 0,002 mg/L na ausência de materia orgânica para Daphnia magna. Este microcrustáceo apresentou aumento significativo de 31% na taxa de crescimento em relação ao grupo controle. Nosso estudo mostra não haver efeitos adversos nos desenvolvimento dos bioindicadores, pois a transferência trófica destes compostos não geraria riscos aos peixes e microcrustáceos. Os resultados indicam aspectos positivos na utilização de nanoatrazina como uma alternativa viável para a agricultura, visando uma diminuição nos impactos ambientais.

Ano de publicação: 2022

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Meio Ambiente

Palavras-chave: Atrazina, Bioindicadores, Ecotoxicologia, Ecotoxicology, Nanoatrazina, Toxicidade, Toxicity, Transferência trófica