Revertendo o historicamente baixo grau de adoção de inovações tecnológicas nas agriculturas familiares de regiões semiáridas, especialmente do Semiárido Brasileiro.

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Resumo: A metodologia científica publicada aqui é inédita nas ciências sociais. Porém, mais importante do que o seu ineditismo é a sua relevância para a sustentabilidade de modos de vida rurais dependentes da sustentabilidade da agricultura familiar em regiões semiáridas. A Metodologia que a Embrapa Algodão torna disponível hoje, possui enorme relevância para processos de geração e apropriação de conhecimentos e inovações tecnológicas dirigidos à sustentabilidade da agricultura familiar. Ela vem suprir uma necessidade antiga de cientistas sociais que dispunham de uma única metodologia concebida pelo Sociólogo Rural Brice Ryan e aplicada pela primeira vez em 1943, para estudar o processo de difusão e adoção de milho híbrido no Estado de Iowa, Estados Unidos. Enquanto essa metodologia clássica parece ser exitosa para estudos de processos semelhantes em monocultivos do agronegócio no mundo, seu desempenho em processos de inovação tecnológica na agricultura familiar acumula críticas desde a década de 1970 quando sua aplicação foi estendida à agricultura familiar, especialmente em regiões semiáridas da África, América Latina e Ásia. A Metodologia Decolonial aqui apresentada, maneja Fatores de 3ª Ordem, contexto, finalidade, regras, sujeitos, decisões na dinâmica das relações poder/saber em processos de geração e apropriação de conhecimentos e inovações tecnológicas agrícolas, enquanto a metodologia clássica maneja apenas Fatores de 1ª Ordem, associados a características individuais dos produtores individuais e de suas respectivas unidades de produção individuais, e Fatores de 2ª Ordem, vinculados a características culturais e socioeconômicas do contexto nacional e do território rural desses produtores individuais, bem como de características intrínsecas das tecnologias transferidas. Assim, a metodologia clássica deixa de estudar eventos como a existência ou não de intercâmbio de experiências e diálogo de saberes entre os cientistas e os sujeitos sociais, econômicos, políticos e institucionais locais, desde a primeira decisão: O que pesquisar, para o benefício de quem. Por esse motivo, a Embrapa Algodão vem com esse trabalho, contribuir para reverter o historicamente baixo grau de adoção de inovações tecnológicas nas agriculturas familiares do mundo, especialmente de regiões semiáridas, incluindo o Semiárido Brasileiro.

Ano de publicação: 2022

Tipo de publicação: Livros

Unidade: Embrapa Algodão

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