Emissões de óxido nitroso do solo em sistemas de integração pecuária-floresta.
Emissões de óxido nitroso do solo em sistemas de integração pecuária-floresta.
Autoria: BARROS JÚNIOR, J. H.; CONSONI, V. R.; MARTINHÃO, É. P.; BAMBERG, I. B.; CRUZ, J. A. R. da; NUNES, R. S.; GUIMARÃES, A. G.; LIMA, H. B. de; NASCIMENTO, A. F. do
Resumo: A pecuária destaca-se como uma das maiores contribuintes para emissão de óxido nitroso (N2O), entretanto, a adoção de sistemas silvipastoris pode ajudar a mitigar as emissões. Objetivou-se avaliar as emissões de N2O do solo em sistemas de integração pecuária-floresta (IPF). O experimento foi realizado na Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT, entre junho de 2021 a maio de 2022. As áreas avaliadas consistem em 4 sistemas de IPF, com o componente florestal composto por renques de Eucalyptus urograndis (Clone H13) e sistema forrageiro formado nos entre renques com o híbrido BRS RB331 Ipyporã sob pastejo rotacionado de vacas mestiças em lactação. Os tratamentos avaliados foram: B e D, renques duplos de eucalipto espaçados em 50 m com densidade de 260 árvores ha-1 e 130 árvores ha-1, respectivamente; C, renques com linhas triplas de eucalipto espaçados em 15 m com densidade de 340 árvores ha-1; E, renques em linhas simples de eucalipto espaçados em 21 m com densidade de 120 árvores ha-1. As amostras de ar foram coletadas semanalmente no período chuvoso e quinzenalmente no período seco, utilizando câmaras estáticas manuais ventiladas, de onde foram coletadas 4 amostras durante 1 hora. A determinação das concentrações de N2O das amostras foi realizada em cromatógrafo gasoso. As emissões acumuladas (EA) foram obtidas por interpolação trapezoidal dos fluxos de N2O do solo, sendo calculados utilizando os dados de fluxo, obtidos pelos incrementos do gás na câmara. Os dados foram submetidos a ANAVA e Teste de Tukey, ao nível de 5%. Não houve diferença das EA entre os tratamentos D, C e E, sendo: 0,79a, 0,73a e 0,66a kg ha-1 de N-N2O, respectivamente. Já o tratamento B diferiu-se dos demais, com valor de 1,00b kg ha-1 de NN2O. Em experimentos realizados anteriormente, observou-se diferenças estatísticas entre todos os tratamentos, exceto entre os tratamentos B e D, o que não foi observado no presente estudo, levando a necessidade de pesquisas futuras visando identificar o que possa ter levado a descritos resultados. Contudo, em estudos anteriores nos tratamentos B e C, com pastagem formada pelo capim Massai (Panicum maximum Cv. Massai), obtiveram médias de EA superiores em relação aos resultados observados pelo presente estudo, valores estes de 40 e 57% menores que os observados no capim Massai, respectivamente. Dessa forma, com base nos resultados apresentados, sistemas de IPF formados por Ipyporã tornam-se importante alternativa quanto a mitigação de N2O do solo.
Ano de publicação: 2022
Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Agrossilvipastoril
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