Adubação com biofertilizante e pó de rocha para o algodoeiro herbáceo em consórcio agroecológico com culturas alimentares e forrageiras.
Adubação com biofertilizante e pó de rocha para o algodoeiro herbáceo em consórcio agroecológico com culturas alimentares e forrageiras.
Autoria: COSTA, M. M. M. N.; MEDEIROS, J. da C.; PEREIRA, J. R.; SABOYA, R. de C. C.; SANTOS, J. W. dos
Resumo: Com o objetivo de estudar o efeito de biofertilizante líquido e pó de rocha sobre o crescimento e a produtividade de algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L.) cultivado em consórcio juntamente com culturas alimentares e forrageiras, foi conduzido um experimento no Território do Sertão Alagoano, município de Água Branca, na Unidade de Aprendizagem e Pesquisa Participativa (UAP) Comunidade Quixabeira / Associação Terra Jovem, pertencente ao agricultor Silvano Pereira da Graça. O ensaio foi conduzido em delineamento em blocos ao acaso, consistindo de um fatorial 2 x 2, com quatro repetições, perfazendo um total de 16 parcelas experimentais. Os tratamentos foram representados por duas doses do condicionador de solos SoloHumics® (0 e 5%), da SoloHumics Fertilizantes, constituído de ácidos húmicos e fúlvicos, e duas doses de pó de rocha (0 e 100 kg ha-1), MB-4. As parcelas tiveram as seguintes dimensões: 5 m de comprimento x 4 m de largura, numa área total de 20 m2. O espaçamento entre as linha foi de 1,0 m e, entre plantas dentro de uma mesma linha, 0,5 m, dando um total de 40 plantas por parcela e 16 plantas na área útil. A semeadura ocorreu em 10 de julho de 2019 juntamente com a primeira aplicação dos tratamentos, sendo que a segunda aplicação foi feita aos 64 DAS (dias após a semeadura). Aos 105 DAS, foram tomadas a altura das plantas e, ao final do experimento, aos 139 DAS, coletou-se a matéria seca remanescente da parte aérea (MST) e o algodão. Os dados foram submetidos à análise 1 D.Sc. em Nutrição Mineral de Plantas, pesquisadora da Embrapa Algodão 2 Ph.D. em Agricultura de Precisão, pesquisador da Embrapa Algodão 3 D.Sc. em Engenharia Agrícola, pesquisador da Embrapa Algodão 4 M.Sc. em Agronomia, pesquisadora da Embrapa Algodão 5 M.Sc. em Agronomia, pesquisador da Embrapa Algodão de variância a 5% de probabilidade e demonstrou que a altura das plantas foi significativamente aumentada tanto pelo condicionador como pelo pó de rocha. A MST foi significativamente aumentada pela presença do SoloHumics®, mas não pelo pó de rocha MB-4, o inverso ocorrendo em relação à produtividade. Não houve interação significativa entre os dois fatores estudados. Conclui-se, portanto, que ácidos húmicos e fúlvicos, ricos em carbono e nitrogênio, só serviram para desenvolver a parte vegetativa da planta, não tendo influência sobre a produtividade de pluma de algodão. Entretanto, o material rico em fósforo, pó de rocha, foi o que contribuiu para o aumento da produtividade. Infere-se, daí, que o fator que mais limita a produtividade de algodoeiro herbáceo nas condições estudadas é o macronutriente fósforo, devendo o agricultor orgânico dessa comunidade dar bastante importância a esse fato. Ademais, os pós de rocha são abundantes e baratos na região do estudo, especialmente o MB-4, sendo seu uso de alta viabilidade para os consórcios agroecológicos de algodão com outras culturas, pois eleva a relação custo-benefício para os pequenos produtores.
Ano de publicação: 2023
Tipo de publicação: Folhetos
Unidade: Embrapa Algodão
Palavras-chave: Agroecological consortia, Algodão, Biofertilizante líquido, Consórcios agroecológicos, Cotton, Desenvolvimento Sustentável, Dry station, Fertilidade do Solo, Food production, Forage, Forage production, Forragem, Nutrição Vegetal, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Plant nutrition, Produção Agrícola, Produção de Alimentos, Seca, Selo ODS, Sertão alagoano, Soil fertility, Sustainable Development Goals, Sustainable development
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