Melhoramento genético.

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Autoria: PEDROZO, C. A.; WADT, L. H. de O.; CARVALHO, J. E. U. de; BALDONI, A. B.; NASCIMENTO, W. M. O. do; LIRA-GUEDES, A. C.; GUEDES, M. C.; CORVERA-GOMRINGER, R.; AUCA, E. C.

Resumo: A castanheira-da-amazônia (Bertholletia excelsa Bonpl.) é uma espécie de uso múltiplo, podendo a madeira ser aproveitada na construção civil; os frutos serem usados na produção de peças ornamentais e de carvão; e as amêndoas, na alimentação ou na fabricação de cosméticos. O maior valor econômico da espécie, entretanto, é atribuído às amêndoas, que se caracterizam como o segundo produto extrativista não madeireiro em importância econômica para a Amazônia brasileira, perdendo apenas para o açaí fruto (IBGE, 2019). Grande parcela da produção mundial de castanha é proveniente do extrativismo em áreas nativas (Homma et al., 2014), sendo o restante obtido de um número reduzido de plantios espalhados ao longo da Amazônia. Esse cenário pode, no futuro, ser alterado, pois tem se verificado, por parte de produtores e empresas, grande interesse pelo cultivo da castanheira, principalmente para uso em consórcios, como os Sistemas Agroflorestais (SAFs). A falta de cultivares selecionadas e recomendadas e as dificuldades encontradas na propagação, principalmente vegetativa, são fatores que limitam a expansão de cultivos da castanheira visando à produção de frutos. Com isso, os poucos plantios existentes são geralmente feitos com material propagativo de origem genética desconhecida, resultando em baixa produtividade e qualidade das castanhas (Baldoni et al., 2019). Características como sanidade, produtividade, precocidade de produção, porte da planta e qualidade nutricional das amêndoas devem ser consideradas durante a seleção de genótipos de castanheira para a produção de frutos. As primeiras iniciativas de melhoramento genético da castanheira foram realizadas pelo IIAP, no Peru, e pelas unidades descentralizadas da Embrapa, na Amazônia brasileira. Esses programas realizam, inicialmente, identificação, caracterização e seleção de genótipos para formação de jardins clonais, que são úteis para conservação de germoplasma e estudos de melhoramento e propagação (Corvera? ?Gomringer, 2014; Pedrozo et al., 2015, 2017). O aproveitamento do conhecimento e das experiências e preferências de extrativistas e/ou produtores quanto às características de interesse para a seleção de castanheiras, bem como a seleção inicial em castanhais nativos e/ou cultivados, em fase de produção, é considerado no intuito de encurtar o processo de seleção e, consequentemente, a disponibilização de variedades de elevada produção e qualidade de castanhas (Baldoni et al., 2019).

Ano de publicação: 2023

Unidade: Embrapa Roraima

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