Toxicidade aguda da farinha de folha de amoreira (Morus alba) utilizando microcrustáceo Daphnia magna Straus.

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Autoria: DIAS, P. de S.; FERRI, G. H. B.; VALLIM, J. H.; MENDES, M. D. L.; QUEIROZ, J. F. de; JONSSON, C. M.; MEURER. F.; ISHIKAWA, M. M.

Resumo: A amoreira branca (Morus alba) é uma planta com origem asiática que apresenta uma boaadaptação ao solo brasileiro, tendo suas folhas muito utilizadas na alimentação de lagartas dobicho-da-seda que se alimentam exclusivamente das folhas. Devido ao seu alto teor proteico,também vem sendo estudada para animais, como para peixes. Dessa forma, existe a possibilidadeda lixiviação dos componentes destas rações para a água e, por consequência, a chance deocorrência de toxicidade no ambiente aquático, podendo gerar impacto ambiental ao ecossistema.A Daphnia magna, também conhecida como pulga d’água, é um microcrustáceos de água doce,com hábito filtrador, importante no ecossistema por conta do controle da densidade populacionalde algas, além de ser alimento para peixes de porte pequeno. É uma das espécies bioindicadorasmais utilizadas em ensaios ecotoxicológicos com poluentes devido a sua alta sensibilidade a umaampla gama de compostos. Diante da possibilidade da expansão do uso da farinha de folha deamoreira (FFA) na formulação de dietas para peixes, o presente trabalho teve como objetivo avaliara toxicidade da FFA na água por meio da determinação da concentração efetiva média (CE ) paraD. magna. O experimento foi conduzido no laboratório de Aquicultura e Toxicologia da EmbrapaMeio Ambiente em Jaguariúna/SP, realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (CAPES). Para a condução dos testes de toxicidade, foram utilizadascinco concentrações-teste (0.0; 0,01; 0,1; 10; 100 mg L ) de FFA na água. Para a realização doexperimento, foram utilizadas placas de poliestireno de 12 poços para cada concentração-teste,cada uma contendo 5 mL de meio de cultivo para a espécie- alvo. Em cada poço, foram alocadosdois indivíduos de D. magna (totalizando 24 organismos) por concentração-teste, por um períodoexperimental de 48h, como recomendado pela Guidelines for Testing of Chemicals (OECD). Osresultados obtidos não consta uma relação dose-efeito (imobilidade), ou seja, sugere um valor deCE >100 mg L . Segundo a classificação da USEPA, o resultado obtido classificaria o material-teste como “praticamente não tóxico”. Apesar de ter se constatado uma imobilidade de 20-30% nocontrole (0,0 mg L ), as maiores concentrações apresentaram % de efeito inferior ao do controle.Desta forma, conclui-se que a FFA não apresenta toxicidade aguda para microcrustáceos com basena ausência de efeito adverso observado para D. magna.

Ano de publicação: 2023

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

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