Arranjos de sistemas agroflorestais para diversificação da produção agrícola e melhoria ambiental com viabilidade econômica.
Arranjos de sistemas agroflorestais para diversificação da produção agrícola e melhoria ambiental com viabilidade econômica.
Autoria: PADOVAN, M. P.; AGOSTINHO, P. R.; GONÇALVES, C. de B. Q.; ARCO-VERDE, M. F.; MAYER, T. da S.
Resumo: Os sistemas agroflorestais biodiversos (SAFs) se constituem em alternativa de produção diversificada, pautando-se no uso sustentável da terra, associando a conservação e melhoria dos recursos ambientais com benefícios socioeconômicos à população rural. Entretanto, algumas lacunas nesses sistemas causam incertezas e dificultam a ampla adoção, em função da carência de informações inerentes às características dos arranjos nos consórcios, as espécies a serem cultivadas, os custos e potencial de viabilidade econômico-financeira. Nesse contexto, desenvolveu-se um trabalho multidisciplinar com o objetivo de propor arranjos de sistemas agroflorestais para fins de diversificação da matriz de produção de alimentos e melhoria ambiental, com viabilidade econômico-financeira. São dois arranjos de sistemas agroflorestais que contemplam espécies vegetais anuais consorciadas com frutíferas para fins de geração contínua de renda, associando-as a espécies arbóreas nativas e exóticas destinadas à melhoria ambiental, seguindo-se preceitos agroecológicos. Para analisar a viabilidade econômico-financeira, optou-se por técnicas de avaliação de investimentos de capital, como: Valor Presente líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Valor Anual Uniforme Equivalente (VAUE), Payback atualizado, Índice de Lucratividade (IL), Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM), Relação Benefício/Custo (B/C) e Modelo de precificação de ativos financeiros. Ambos os arranjos agroflorestais propostos têm potencial para serem viáveis economicamente, sendo que o SAF 1 demoraria 1,29 anos para recuperar todo o investimento (Payback atualizado) e no SAF 2 esse processo ocorreria em 2,82 anos. As espécies vegetais destinadas à geração de renda possuem ciclos produtivos distintos e devem gerar renda contínua ao longo de cada ano e suas receitas variam entre os sistemas. Os maiores custos ocorrem nos quatro primeiros anos, decorrentes das despesas de implantação dos agroecossistemas, bem como de demandas das culturas anuais nesse período, necessitando-se de mais mão de obra e insumos que nos anos seguintes, influenciando significativamente no resultado do Fluxo de Caixa do Produtor.
Ano de publicação: 2023
Tipo de publicação: Artigo de periódico
Unidade: Embrapa Agropecuária Oeste
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