Autoria: SOUZA, P. E. de A.; MOREIRA, L. dos S.; CARVALHO, C. V. de; HONÓRIO, N. T. de B. S.; BASTOS, A. P. A.; SILVA, L. P. da; PRUDÊNCIO, C. R.; DOMINGUES, R.; GASPAR, E. B.; FRANCO, A. L.; REIS, D. R. de L.; BRANDAO, H. de M.; DIAVÃO, J.; SILVA, A. S.; CAMPOS, M. M.; CARVALHO, W. A.

Resumo: A Covid-19 é uma doença viral que causou graves problemas para a saúde pública e muitas mortes mundialmente. Anticorpos neutralizantes constituem uma estratégia de tratamento de casos graves dessa doença. Uma vez que o colostro bovino é rico em anticorpos e estes possuem alta homologia com IgG humana, o presente trabalho visa utilizar formulações vacinais contendo antígeno recombinante Spike (domínio RBD) do vírus SARS-CoV2 para viabilizar o uso de vacas como biofábricas. Para tal, vacas foram inoculadas, no período pré-parto, com o antígeno recombinante encapsulado em nanossistemas com direcionamento ativo para fagócitos (NIBDAF) ou em formulações contendo adjuvantes comerciais à base de sulfato de alumínio e saponina, além de uma vacina comercial contra o coronavírus bovino (BCoV). Foram coletados soro e colostro no dia do parto. A atividade neutralizante dos anticorpos foi medida por ELISA competitivo, demonstrando que todas as formulações utilizadas, com exceção da vacina contra BCoV, foram capazes de proporcionar neutralização do vírus SARS-CoV2. Testes deverão ser conduzidos em modelo murino para verificar efeito protetor de anticorpos purificados e do uso do colostro hiperimune como nutracêutico. A estratégia de uso de vacas como biofábricas de anticorpos neutralizantes pode constituir uma alternativa ao tratamento de doenças endêmicas ou patologias agudas em humanos e animais.

Ano de publicação: 2024

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Suínos e Aves

Palavras-chave: Biofábrica, Bovino, Colostro, Covid-19, Neutralização viral