Autoria: COMINATO, V.; GUIMARÃES, F. R.; NOVAES, A. F. G.; CASTRO, F. de F. A. de; PAVEL, L. D.; RIBEIRO, J. B.; GUIMARÃES, A. S.; SILVA, M. R.; TEODORO, V. A. M.; CORREA, K. de P.; SOUZA, G. N. de

Resumo: A mastite bovina é uma doença endêmica nos rebanhos bovinos leiteiros, causando prejuízos à cadeia de lácteos. A utilização dos antimicrobianos para tratamento da doença é frequente e podendo causar seleção de bactérias resistentes, ameaçando a saúde pública. O objetivo do estudo foi classificar os antimicrobianos indicados para controle da mastite em bovinos no Brasil de acordo com classes, moléculas e grau de importância. Para realização do estudo foi realizada uma consulta no Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAN) nos anos de 2019 e 2024 e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2024. Os resultados mostraram alterações na quantidade de moléculas e classes de antimicrobianos, sendo 36 moléculas e 11 classes em 2019, e 33 moléculas e 8 classes em 2024. Em ambos os períodos, as classes dos betalactâmicos e aminoglicosídeos representaram mais da metade dos medicamentos disponíveis no mercado nacional. Além disso, houve um aumento de 80% para 89%, de 2019 para 2024, na quantidade de moléculas classificadas com maior nível de criticidade pela Organização Mundial de Saúde Animal. Esses dados alertam sobre a necessidade do uso racional e responsável dos antimicrobianos para tratamento da mastite e, consequentemente, para o objetivo de prevenir problemas ligados à resistência antimicrobiana.

Ano de publicação: 2024

Tipo de publicação: Parte de livro (capítulos de livros, trabalhos e resumos publicados em anais ou em coletâneas)

Unidade: Embrapa Gado de Leite

Palavras-chave: Bovino, Doença Animal, Gado Leiteiro, Mastite, Medicamento, Resistência antimicrobiana