Bioindicadores da vegetação e do solo em área sob regeneração natural com manejo na Bacia do Alto Rio Descoberto, DF.
Bioindicadores da vegetação e do solo em área sob regeneração natural com manejo na Bacia do Alto Rio Descoberto, DF.
Autoria: GONCALVES, H. M.; OLIVEIRA, M. C.; MENDES, I. de C.; VILELA, M. de F.; SOUZA-SILVA, J. C.; AQUINO, F. de G.
Resumo: O sucesso das práticas de restauração ecológica está relacionado às condições de solo, ao manejo da área e à rede de interações biológicas estabelecida. O objetivo do trabalho foi avaliar o reestabelecimento dos processos ecológicos em dois trechos de APP ripária, em Brazlândia/DF, sob duas condições: trecho 1 - área de 1ha, com diferentes níveis de cobertura de capim exótico, presença de regenerantes e arbóreas nativas remanescentes e trecho 2 - área de 3ha, contíguo ao trecho 1, com cobertura dominante de capim exótico. Ao longo do trecho 1 foram utilizadas estratégias de regeneração natural com manejo: controle mecânico das invasoras, enriquecimento com plantio de espécies nativas e roçagem ao redor dos regenerantes, dependendo da situação do local. No trecho 2 não houve manejo do capim exótico [Cenchrus purpureum (Schumach.) Morrone]. Depois de um ano de implantação das práticas de regeneração natural, utilizou-se os indicadores do Protocolo de Monitoramento da Recomposição da Vegetação Nativa (IBRAM/DF) e os bioindicadores do solo, conforme protocolo da Bioanálise de Solo (BioAS/Embrapa), para avaliar as condições das áreas. A cobertura foi estimada pelo método de interceptação de pontos em linha (25m/linha), enquanto que a densidade e a riqueza de regenerantes (altura ? 0,3m e ? 2m) foram registradas em três parcelas de 25x4m (100m2) instaladas em cada trecho. As amostras compostas de solo foram coletadas na profundidade de 0-10cm, aleatoriamente, nos dois trechos (3 repetições/área). Os resultados indicaram que a cobertura de espécies nativas no trecho 1 variou de 8 a 76% e de espécies exóticas ficou entre 6 e 92%, dependendo do local. A densidade de regenerantes variou de 400 a 1200 ind/ha e a riqueza alcançou 11 espécies, indicando que algumas porções do trecho 1 apresentam potencial de regeneração natural, se manejado. O trecho 2 apresentou 99% de cobertura de capim exótico, praticamente, sem regenerantes. Os bioindicadores de solo apontaram que tanto o trecho 1 (IQSbiológico: 0,84 e 0,90) quanto o 2 (IQSbiológico: 0,87 a 0,89) apresentaram bons índices de saúde do solo. Portanto, os desafios relacionados à restauração devem se concentrar no componente vegetacional, visto que os bioindicadores do solo estão adequados, mesmo no trecho 2. O principal desafio é manejar o capim exótico, considerando o alto custo para o seu controle em função da capacidade de reprodução vegetativa e alta competitividade, que inibe a regeneração natural.
Ano de publicação: 2024
Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Cerrados
Palavras-chave: Bacia Hidrográfica, Ecologia Vegetal, Regeneração Natural
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