Forrageiras perenes tropicais eretas toleram o drástico rebaixamento durante as estações frias do sul do Rio Grande do Sul?

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Author(s): BENDER, S. E.; HUANCA, V. C.; MATTOS, K. H.; MITTELMANN, A.; ANDRES, A.; SCHÖFFEL, E. R.; MORAES, M. G.; PEDROSO, C. E. da S.

Summary: Espécies forrageiras perenes eretas de estação quente, ao serem rebaixadas de modo drástico, expõe as suas gemas basilares, o que pode resultar na morte destas plantas durante as estações frias do Sul do Brasil pela ação da geada e, por consequência no comprometimento do estande de plantas para as safras posteriores. Por outo lado, a desfolha intensa durante as estações frias possibilita maior colheita de forragem em momentos estrategicamente importantes. Deste modo, para verificar o impacto desta maior intensidade de desfolha durante as estações frias no sul do Brasil, foi conduzido um experimento na Estação Experimental Terras Baixas - Embrapa Clima Temperado, localizada no Município de Capão do Leão, Rio Grande do Sul/Brasil. Foram estudados os fatores: Forrageira perene tropical ereta (Pennisetum purpureum – cultivar BRS Kurumi e Panicum maximum – cultivar BRS Zuri); rebaixamento drástico das espécies tropicais durante as estações de outono e inverno (7cm), rebaixamento recomendado para estas espécies (40cm); momentos produtivos primeira safra (primavera-verão de 2022-2023); outono de 2023; entressafra (outono e inverno de 2023); e segunda safra (primavera-verão de 2023-2024). A área experimental foi composta por 3 blocos. As parcelas tinham dimensão de 7m x 4m. Os dados foram analisados por meio da análise de variância e teste de Tukey (p < 0,05). O preparo do solo e manejo das cultivares, exceto a desfolha drástica, ocorreram de acordo com as recomendações técnicas (Embrapa, 2014 e Embrapa, 2015), com semeadura e plantio realizados em 5 de dezembro de 2022. As coletas de forragem para a cultivar Kurumi foram em área de 80cm x 160cm (duas plantas) e para a cultivar Zuri em área de 45cm x 50cm. A forragem permaneceu até peso constante em estufas de ar forçado (55oC) para a determinação da massa de forragem colhida. O Zuri propiciou maior colheita de forragem que o Kurumi ao longo de duas safras no sul do Brasil (34.151 vs 21.602 kgMS/ha). O rebaixamento intenso durante o período de outonoinverno (entressafra) não alterou a quantidade de forragem colhida ao longo de duas safras, apenas o momento em que maior quantidade de forragem foi colhida, no outono-inverno (6.006 vs 3.339kgMS/ha) em favor do rebaixamento intenso ou na safra seguinte (7.387 vs 10.243kgMS/ha) em favor do manejo recomendado. Em função de temperaturas e precipitações atípicas durante outono-inverno de 2023 e durante a segunda safra (2023-2024), há a necessidade da continuidade dos estudos para que avaliações ocorram sob condições ambientais mais próximas a normalidade e, especialmente, a invernos mais extremos.

Publication year: 2024

Types of publication: Journal article

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