Prospevivência com semiaridez, treze questões a considerar.
Prospevivência com semiaridez, treze questões a considerar.
Author(s): FILHO, C. G.
Summary: Em função da profunda diversidade de condições agroecológicas e socioeconômicas que caracteriza a região semiárida e da extrema complexidade que envolve a natureza dos fatores responsáveis pela condição de pobreza das comunidades que nela habitam, a concepção de um programa de convivência exigirá uma ampla ação cooperativa transdisciplinar e multi-institucional. A base para o desenvolvimento econômico e social do Semiárido não deve se limitar apenas ao desenvolvimento das atividades agropecuárias. Até por que a própria realidade fundiária do Semiárido, com estabelecimentos de tamanho médio em torno de 33 hectares, se apresenta como o grande complicador para o produtor poder criar as 250 a 300 cabras, mínimo estimado para assegurar um padrão mínimo de dignidade a sua família. O desenvolvimento econômico e social da região deve estar associado também ao crescimento das atividades econômicas não agrícolas, procurando harmonizar a escala de cada uma delas com a necessidade de neutralizar a erosão da diversidade biológica. A estratégia deverá ser o fortalecimento da natureza pluriativa do espaço rural, explorando as potenciais sinergias entre o setor primário e os demais setores da economia. Dentro dessa perspectiva, é possível identificar algumas linhas principais de ação que devem ser seguidas na busca de sistemas produtivos ou formas de uso, agrícolas e não agrícolas, que não apenas se harmonizem com o meio-ambiente do Semiárido, mas que, também, sejam capazes de propiciar, a custos competitivos, uma oferta estável de bens e serviços para um mercado cada vez mais exigente. A palavra “convivência”, aliás, pode passar uma ideia de acomodação, de tolerância mútua, e não de progresso efetivo, perfeitamente possível, dado o seu enorme potencial ainda hoje, em sua grande parte, praticamente desconhecido. Talvez “prospevivência” fosse um termo mais adequado, considerando que o que deve se buscar é uma convivência produtiva. O texto está organizado da seguinte forma: Reordenamento dos espaços agroeconômicos; Reformulação das estratégias atuais de enfrentar as estiagens prolongadas; Integração das área de sequeiro com as áreas irrigadas; Valorização e certificação dos produtos típicos do Semiárido; Organização social e profissional dos produtores; Estreitamente vinculada à organização, a capacitação tecnológica e gerencial do produtor; Desburocratização do crédito; Mais presença e qualificação da assistência técnica e extensão rural; Fortalecimento dos instrumentos de apoio à produção e a comercialização dos produtos locais; Reestruturação dos órgãos de monitoramento e gestão ambiental; Contextualização da educação rural; Implantação do seguro bode; Aumento da oferta de água.
Publication year: 2016
Types of publication: Journal article
Unit: Embrapa Semi-arid Region
Keywords: Agricultura familiar, Agroecologia, Agroecology, Alimentação Na Seca, Convivência com a seca, Desenvolvimento Socio-Econômico, Estiagem prolongada, Pobreza, Políticas publicas, Prospevivência, Reordenamento do espaço, Resistência a Seca, Rural development, Seca, Semiárido, Socioeconomic development, Sustainable development, Área de Sequeiro, Área irrigada
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