Potencial das fruteiras nativas para a inclusão social e a sustentabilidade do agronegócio irrigado no Semi-Árido brasileiro.
Potencial das fruteiras nativas para a inclusão social e a sustentabilidade do agronegócio irrigado no Semi-Árido brasileiro.
Autoria: SANTOS, C. A. F.; ARAUJO, F. P. de; CAVALCANTI, N. de B.; ANJOS, J. B. dos; LIMA FILHO, J. M. P.; OLIVEIRA, V. R. de; KIILL, L. H. P.; MELO, N. F. de
Resumo: A Caatinga, constituída por uma mata seca, caducifólia e espinhosa, é a vegetação que cobre a maior parte do Semi-Árido brasileiro-SAB. Em trabalhos qualitativos e quantitativos sobre a flora e a vegetação do bioma Caatinga, foram registradas cerca de 932 espécies arbóreas e arbustivas, sendo 380 endêmicas. O SAB é formado por, aproximadamente, 1 milhão de Km², abrigando em torno de 24 milhões de pessoas, caracterizando-se como o mais populoso Semi-Árido do mundo. Poucos têm sido os trabalhos referentes à coleta, utilização, caracterização, estudos filogenéticos e genéticos, aproveitamento de derivados e pré-melhoramento das espécies endêmicas ou de ocorrência espontânea na região. A equipe multidisciplinar de pesquisa da Embrapa Semi-Árido tem focado as suas atividades em cinco eixos prioritários: 1. Expedições para coleta de germoplasma, pré-melhoramento e manejo para o estabelecimento de áreas, visando à exploração agronômica de algumas espécies. O destaque tem sido para a espécie Spondias tuberosa Arruda - Anacardiaceae (umbuzeiro), para a qual os trabalhos sistemáticos têm resultado no estabelecimento da coleção de germoplasma, formada por 74 acessos. Ação semelhante tem sido implementada com o maracujá-do-mato (Passiflora cincinata Mast. - Passifloraceae) mais recentemente; 2. Exploração de uma espécie como porta-enxerto de outra espécie do mesmo gênero, visando ao cultivo de espécies que não apresentam xerofitismo, bem como para possibilitar o cultivo em áreas com problemas fitopatológicos endêmicos. Os trabalhos dos ítens 1 e 2 podem resultar no estabelecimento de uma fruticultura de sequeiro competitiva e diversificada; 3. Estudos ecofisiológicos para facilitar o manejo agronômico e para ajudar a entender os mecanismos envolvidos no xerofitismo, com uma perspectiva maior de identificar os "major" genes e introduzi-los em indivíduos de outros gêneros ou famílias. É possível que a manipulação genética resulte na expansão do potencial dos atuais 1,8 milhão de hectares para algo em torno de 3,6 a 5,4 milhões de hectares; 4. Aproveitamento dos frutos de algumas espécies nativas para produção de doces, geléias, picles, compotas, entre outros derivados. Procedimentos para aproveitamento dos frutos do umbuzeiro e do maracujá-do-mato são uma realidade como alternativa de renda em algumas comunidades do Semi-Árido; 5. Estudos preliminares que ajudem a evitar o desaparecimento de algumas espécies ameaçadas de extinção. As espécies do bioma Caatinga por todo o seu potencial, deveriam ser mais estudadas, uma vez que podem ser a chave para o desenvolvimento sustentável e competitivo do Semi-Árido brasileiro num futuro não muito distante.
Ano de publicação: 2005
Tipo de publicação: Parte de livro (capítulos de livros, trabalhos e resumos publicados em anais ou em coletâneas)
Unidade: Embrapa Semiárido
Palavras-chave: Bioma caatinga, Caatinga, Fruta nativa, Planta nativa, Prospecção genética, Recursos genéticos, Recursos naturais, Vegetação Nativa
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