Eficiência da polinização manual e controlada em linhas diplóides de melancia.

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Autoria: SANTOS, M. H. dos; DIAS, R. de C. S.; PAIVA, L. B. de; MEDEIROS, K. N. de; SILVA, C. M. de J.

Resumo: A polinização manual e controlada em melancia, que é uma espécie alógama, é indispensável aos trabalhos de melhoramento genético, pois através dela é possível controlar a identidade dos parentais. A metodologia de polinização de melancia desenvolvida pela Embrapa Semi-Árido é simples, prática e tem sido adotada em muitos programas de melhoramento genético da melancia e do melão. Com o objetivo de avaliar a polinização manual e controlada (PMC) entre plantas irmãs de linhas de melancia resistentes ao oídio e na cv Crimson Sweet, foi conduzido um ensaio no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido, em Bebedouro, município de Petrolina-PE. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, utilizando-se sete genótipos de melancia (6 linhas e a cv. Crimson Sweet), quatro repetições, 25 plantas/parcela, cultivadas no espaçamento de 3,0×0,8 m. As PMC(s) foram realizadas a partir dos 34 dias do plantio, utilizando-se como dispositivo de isolamento das flores, antes da antese e até 48-72 h após a polinização, um copo plástico descartável, cor branca (250 ml), grampeado em uma estaca de madeira branda (cedro, virola ou louro-canela), cujas dimensões foram de 20 x 3 x 0,7cm. No mesmo dia da abertura das flores, entre as 8 e 11h, efetuou-se as PMC(s), entre plantas irmãs (SIB), destacando-se a flor masculina, baixando-se a corola, para expor melhor os estames, e depositando-se, delicadamente, os grãos de pólen sobre o estigma da flor feminina. Após a polinização, anotou-se em uma etiqueta de papel guache, de aproximadamente 12,5 cm2, o tipo de polinização, os progenitores e a data. As etiquetas foram fixadas aos pedúnculos das flores polinizadas, através de linhas de algodão, de 0,1mm de espessura. A colheita dos frutos foi realizada em torno dos 35 dias após as PMC(s). Quantificou-se o n° de polinizações artificiais realizadas por planta, através da contagem do número de etiquetas, e o número de frutos colhidos/planta, como também determinou-se o n° de frutos de polinização livre nas duas repetições em que não foram realizadas PMC(s). Considerando que o número de frutos/planta nas linhas resistentes ao oídio e na cv. C.Sweet foi, respectivamente, de 1,24 e 1,1 frutos/planta, a eficiência média das PMC(s) alcançada de 82% é considerada um resultado muito bom e desejável aos programas de melhoramento de cucurbitáceas, que no geral realizam um número elevado de polinizações artificiais.

Ano de publicação: 2006

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

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