Utilização de um modelo agrometeorológico na estimativa de produtividade da cultura da soja no Estado de São Paulo.

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Autoria: CORAL, G.; PINTO, H. S.; ASSAD, E. D.; IAFFE, A.

Resumo: Dentre as atividades econômicas, a que tem maior dependência das condições do tempo e do clima é a agricultura. As condições atmosféricas afetam todas as etapas das atividades agrícolas, que vão desde o preparo do solo para a semeadura até a colheita e, em muitos casos, transpondo as barreiras da unidade produtora, afetando o transporte, preparo e armazenamento dos produtos. Segundo CURRY (1952), o grande regulador da vida econômica é o clima. Poucas indústrias ou atividades estão livres de sua influência, mas a atividade mais diretamente afetada é a agricultura. A produção de grãos vem crescendo bastante no Brasil, porém, para aumentá-la, não é suficiente somente a ampliação das fronteiras agrícolas. É necessário aumentar a produtividade do setor rural, com novas técnicas de plantio, seleção de novos cultivares e, principalmente, utilização mais racional dos recursos naturais e das condições climáticas. Os modelos agrometeorológicos e a interpretação de dados climáticos relacionados com o crescimento, desenvolvimento e produtividade das culturas fornecem informações que permitem ao setor agrícola tomar importantes decisões, tais como: melhor planejamento do uso do solo, adaptação de culturas, monitoramento e previsão de safras, controle de pragas e doenças estratégias de pesquisa e planejamento (LAZINSKI, 1993). A pressuposição dos modelos agrometeorológicos é que os elementos climáticos, associados às características do local exercem um certo controle na produtividade agrícola, interferindo com sua eficiência produtiva, tentando demonstrar que a produção final é função da produtividade potencial da cultura e sua interação com os elementos meteorológicos. Portanto, um bom modelo agrometeorológico, além de considerar o clima como fator limitante de produção agrícola, analisa a sua relação com a fase fenologia em que a cultura se encontra, levando em conta, portanto, a sua susceptibilidade a determinados eventos climáticos e sua capacidade de onerar a produtividade naquele instante. O presente trabalho teve por objetivo testar o modelo agrometeorológico, proposto por DOOREMBOS & KASSAM (1979), de estimativa da produtividade da soja em escala municipal e estadual, procurando-se relacionar a produtividade medida pelo IBGE nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo nos anos de 1995 à 2000, com a estimada por meio do modelo agrometeorológico.

Ano de publicação: 2005

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

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