Autoria: SANTANA, I. K. S.; BALIEIRO, F. de C.; PEREIRA, M. G.; BOCHNER, J. K.; FERNANDES, M. M.

Resumo: A qualidade da serapilheira pode modificar a dinâmica de transformação e alocação do carbono (C) do solo em seus diferentes compartimentos. Este estudo avaliou a relação da composição química da serapilheira de três diferentes tipos de coberturas vegetais: floresta secundária (FS) e plantios de Mimosa Caesalpinaefolia (PM) e Carapa guianenses (PA) com 60 anos de idade. Foi quantificada a fração leve livre (FLL) da matéria orgânica do solo através do fracionamento densimétrico e o teor de C orgânico total sob um PLANOSSOLO HÁPLICO em cada cobertura vegetal e duas profundidades (0-10 e 10-20 cm). As amostras de serapilheira foram caracterizadas quanto aos teores de polifenóis, lignina, suberina, tanino, holocelulose e relação C/N. O teor de C orgânico total foi mais elevado na camada de 10-20 cm na área de FS, o que pode estar relacionado com a maior proximidade do horizonte glei da superfície do solo, condicionando maior saturação hídrica e diminuição na velocidade de decomposição da matéria orgânica e promovendo acúmulo de C nas camadas superficiais. Os maiores teores de suberina e polifenóis da serapilheira foram encontrados nas áreas FS e PM, o que ocasionou na redução da velocidade de decomposição dos resíduos vegetais no solo, acarretando em maiores teores da FLL em ambas as coberturas analisadas. Esses compostos contribuíram para a estabilização do C à fase mineral, pois os maiores teores de C organico foram encontrados nessas áreas. Conclui-se que os teores de polifenóis e suberina foram determinantes na compartimentação do C organico nas áreas de FS e PM.

Ano de publicação: 2007

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Solos

Palavras-chave: Carapa Guianensis, Matéria Orgânica, Mimosa Caesalpiniaefolia, Solo