Fitossociologia e distribuição diamétrica em floresta de várzea do estuário do Rio Amazonas no Estado do Amapá.

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Autoria: QUEIROZ, J. A. L. de

Resumo: O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo principal analisar a composição florística e a estrutura dos componentes arbóreos de floresta de várzea do estuário do rio Amazonas, comparando-se os resultados da várzea alta com os da várzea baixa. Foram instaladas 10 parcelas de um hectare (100 x 100 m), divididas em subparcelas de 20 x 50 m, sendo cinco em várzea alta e cinco em várzea baixa, entre o Arquipélago do Bailique, na foz do rio Amazonas, e o rio Preto localizado a 225 km do Bailique. Foram mensurados todos os indivíduos com DAP ³ 5 cm para avaliação da composição florística, estrutura horizontal (densidade, dominância e freqüência), diversidade de espécies e equabilidade, similaridade e distribuição diamétrica. Ao todo foram encontrados 116 espécies e 89 gêneros, pertencentes a 38 famílias botânicas, de um total de 8.879 indivíduos. Na várzea alta foram encontradas 104 espécies de 84 gêneros, pertencentes a 36 famílias botânicas, de um total de 4.244 indivíduos, enquanto que na várzea baixa 98 espécies de 79 gêneros, de 35 famílias botânicas, de um total de 4.635 indivíduos. Cinco espécies ocorreram nas dez parcelas amostrais: Carapa guianensis Aubl. (andiroba), Pentaclethra macroloba (Willd.) O. Kuntze (pracaxi), Eugenia brawsbergii Amshoff (goiaba-braba), Astrocaryum murumuru Mart. (murumuru) e Euterpe oleracea Mart. (açaí). Na várzea alta a família Arecaceae foi a que apresentou maior densidade absoluta com 1.864 (43,9%) indivíduos, com destaque para E. oleraceae (944) e A. murumuru (668). Entre as Dicoti]edôneas, a família Mimosaceae apresentou 485 (11,4%) indivíduos, com P. macroloba (321) e Pithecellobium inaequale (H.B.K.) Benth. (94) e família Caesalpiniaceae com 461 (10,9%) indivíduos, com Mora paraensis Ducke (291) e Swartzia cardiosperma Spr. ex. Benth. (96). Na várzea baixa a família Arecaceae foi a que apresentou maior densidade absoluta com 2.l54 (46,5%) indivíduos, com E. oleraceae (1.103), A. murumuru (615) e Astrocaryum mumbaca Mart. (388). Entre as Dicotiledôneas, a família Mimosaceae com 401 (8,7%) indivíduos, com P. macroloba (242) e P. inaequale (69) e família Caesalpiniaceae (288), com M paraensis (123). Para a dominância relativa, na várzea alta: Arecaceae apresentou 31,0%, com E. oleracea (16,9%) e A. murumuru (6,1%); Leguminosas 34,7%, com M paraensis (11,2%), P. macroloba (7,8%) e S. cardiosperma (2,0%). Na várzea baixa, Arecaceae apresentou 25,9%, com E. oleracea (17,5%) e A. murumuru (5,8%); Leguminosas 24,3%, com P. macroloba (6,5%) e M. paraensis (3,7%). As espécies com os maiores valores de importância foram: E. oleracea, A. murumuru, P. macroloba e C. guianensis. Os três locais mais próximos à foz foram os que apresentaram os mais baixos índices de diversidade de espécies: 2,32; 2,40 e 2,52. Os três mais distantes apresentaram os mais altos índices: 2,98; 3,41 e 3,14. A distribuição diamétrica das árvores apresentou a forma de "J" invertido, com as maiores concentrações dos fustes nas primeiras classes, diminuindo gradualmente nas outras classes. Na várzea alta os resultados para diâmetro médio, mediana, diâmetro mínimo, diâmetro máximo, desvio padrão, coeficiente de variação, assimetria e curto se foram: 12,77 cm; 9,87 cm; 5,00 cm; 109,00 cm; 10,48 cm; 82,1 %; 3,16 e 13,78. Na várzea baixa os resultados foram, respectivamente: 11,82 cm; 8,91 cm; 5,00 cm; 116,00 cm; 9,78 cm; 82,8 %; 3,46 e 17,49. A diferença mais evidente entre a várzea alta e a várzea baixa foi expressa pela dominância relativa: Arecaceae 33,9% e 25,2%, Leguminosas 32,0% e 24,9%, respectivamente.

Ano de publicação: 2004

Tipo de publicação: Teses

Unidade: Embrapa Amapa

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