Autoria: KATO, O.; KATO, M. do S.; SÁ, T. de A.; FIGUEIREDO, R.

Resumo: A agricultura familiar na Amazônia Oriental, particularmente na região nordeste do Pará, caracteriza-se pela prática da agricultura rotacional. Tal prática baseia-se na intercalação de períodos de cultivo com períodos de pousio e no acúmulo, na vegetação secundária (capoeira), dos bioelementos a serem disponibilizados aos cultivos subseqüentes. Visando evitar a continuidade do uso do fogo para o preparo de área para plantio, em face do que representa de negativo quanto à perda de nutrientes, risco de incêndio, emissões à atmosfera, e tentando viabilizar maior acúmulo de bioelementos no período de pousio, vem sendo desenvolvido o que se convencionou denominar de plantio direto na capoeira. O preparo por corte e queima é substituído pelo preparo por corte e trituração da vegetação da capoeira. A técnica, adotada em ações de pesquisa participativa, em áreas ocupadas por cultivos alimentares anuais, cultivos semi-permanentes e em áreas de pastagem, está sendo testada em cultivos perenes. Estudos realizados na última década indicam que a presença de vegetações secundárias em pousio em propriedades agrícolas é capaz de oferecer oportunidades relevantes em termos de serviços ambientais, além das possibilidades de agregar valor monetário, face à utilização de espécies vegetais encontradas na capoeira.

Ano de publicação: 2004

Tipo de publicação: Artigo de periódico

Unidade: Embrapa Amazônia Oriental

Palavras-chave: Agricultura Familiar, Agricultura rotacional, Agroecologia, Amazônia Oriental, Brasil, Capoeira, Floresta, Plantio Direto, Produção Agrícola, Trituração, Vegetação Secundária