Tolerância ao Cowpea mild mottle virus e sua concentração relativa em soja.
Tolerância ao Cowpea mild mottle virus e sua concentração relativa em soja.
Resumo: Cowpea mild mottle virus (CPMMV), causador da necrose da haste da soja, desde sua identificação no sudoeste de Goiás e Barreiras-BA, tem-se espalhado rapidamente para as diversas regiões produtoras de soja, no Brasil. O CPMMV é transmitido por mosca branca (Bemisia tabaci). No entanto, o controle do vetor é inviável. A melhor alternativa de controle é através de cultivares resistentes/tolerantes. Avaliações de campo mostram que algumas cultivares são assintomáticas, enquanto outras apresentam recuperação. Dentre as cultivares assintomáticas destacaram-se BRSMT Pintado e BRS 133. Cultivares suscetíveis apresentam forte deformação foliar e redução vegetativa. Procurou-se, neste estudo, conduzido em casa-de-vegetação, com temperatura média de 28 ºC, associar o nível de sintoma (1 a 4) com concentrações relativas do vírus por ELISA indireto. Plantas de soja das cvs. BRSMT Pintado e BRS 133, consideradas resistentes, e CD 206 e BRS 136, consideradas suscetíveis, foram inoculadas mecanicamente e as folhas avaliadas 20 dias após a inoculação. O mesmo experimento foi repetido em condições de baixa temperatura (média 20 ºC). Folhas do trifólio imediatamente acima das folhas primárias, inoculadas, e as folhas do último trifólio foram utilizadas, isoladamente, para o teste de Elisa. Os resultados mostraram que as plantas assintomáticas das cvs. BRSMT Pintado e BRS 133 possuíam maior concentração de vírus do que as cvs. suscetíveis, sendo assim denominadas cultivares tolerantes ao CPMMV. Também constatou-se que, em baixas temperaturas, o nível dos sintomas aumentou para as plantas suscetíveis e tolerantes. Outro fato importante foi a maior concentração relativa de vírus observada nos trifólios mais novos. Em outro experimento, procurou-se avaliar a concentração viral da planta aos 8, 16 e 32 dias após inoculação. O folíolo central de todos os trifólios, de cada planta inoculada, foi coletado e utilizado na análise. Constatou-se o início do declínio da concentração relativa de vírus 16 dias após a inoculação das plantas. Desse modo, cultivares assintomáticas não podem ser consideradas resistentes, necessitando diagnose para confirmação da presença de vírus. A concentração viral tende a diminuir nas plantas infectadas. Plantas suscetíveis não apresentaram recuperação e, entre 350 genótipos do banco ativo de germoplasma testados, nenhum foi resistente ou imune ao CPMMV.
Ano de publicação: 2006
Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Soja
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