Avaliação psicossocial do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Estado da Paraíba.
Avaliação psicossocial do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Estado da Paraíba.
Autoria: ROCHA, F. E. de C.
Resumo: Objetivou-se neste estudo avaliar o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Estado da Paraíba, com base na opinião de seus beneficiários (Grupos A - Assentados e B - Agricultores familiares), tomando como referencial teórico os preceitos da Psicologia Social. Nesse contexto, foi hipotetizado um modelo geral e foram estimados dois modelos estruturais para a avaliação do Pronaf A e B, com base em seu funcionamento e em seus objetivos, orientados por três construtos: Implantação do Pronaf, Produto da implantação e Resultado do Pronaf. Para avaliar a intenção de pagamento do crédito, foi empregado o modelo Teórico da Ação Planejada de Ajzen (1991). O delineamento utilizado foi correlacional, com amostragem não-probabilística. Participaram da avaliação duzentos beneficiários do Grupo A, com idade média de 46 anos, 91,0% do sexo masculino e 52,5% analfabetos, e duzentos usuários do Grupo B, com idade média de 44 anos, 58,0% do sexo masculino e 29,5% analfabetos. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semi-estruturada, com cento e dezessete itens de avaliação (escala de 1 a 7, tipo Likert), em quarenta e seis comunidades rurais de oito municípios, sendo quatro da Mesorregião do Agreste Paraibano e quatro do Sertão Paraibano. A análise dos dados foi uni, bi e multivariada. Os dados das amostras estudadas ajustam-se aos modelos finais para a avaliação do Pronaf A e B, corroborando, no caso do Grupo A, a hipótese de que a Implantação do Programa é explicadora do Produto da implantação que, por sua vez, influencia os indicadores do Resultado do Pronaf. Para o Grupo B, a Implantação tem impacto direto sobre o Resultado. Com base no modelo teórico de Ajzen, a Atitude e a Crença normativa foram, para o Grupo A, os preditores que mais explicaram a Intenção de pagamento de crédito. Para o Grupo B, as dimensões Crença comportamental, Atitude, Crença normativa e a Crença de controle foram as variáveis que mais influenciaram a Intenção de pagamento de crédito. De maneira geral, os entrevistados do Sertão Paraibano ficaram mais satisfeitos com o Pronaf que os do Agreste, e expressaram maior intenção de pagamento de crédito. Foi constatado, segundo informações do Banco do Nordeste do Brasil, que os beneficiários do Sertão apresentaram metado do percentual de inadimplência encontrado no Agreste.
Ano de publicação: 2008
Tipo de publicação: Teses
Unidade: Embrapa Cerrados
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