Desenvolvimento inicial e nutrição de espécies arbóreas nativas sob fertilização, em plantios de recuperação de áreas de cerrado degradado.

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Autoria: DUBOC, E.

Resumo: RESUMO: Quando o ecossistema de uma área desmatada apresenta baixa resiliência, o retorno ao estado anterior, através da sucessão vegetal, pode não ocorrer ou ser extremamente lento, persistindo as condições propícias á degradação ambiental. Uma opção de recuperação baseia-se no uso de mudas para revegetação, visando acelerar o processo de sucessão secundária. Os solos de cerrado apresentam limitações quanto à fertilidade e, deste modo, a adição de nutrientes pode aumentar o sucesso dos plantios de recuperação. Entretanto, há poucos estudos de campo sobre a adubação de espécies nativas do cerrado. O objetivo principal deste trabalho foi determinar o efeito da adição de doses de nitrogênio e fósforo sobre diferentes espécies nativas nas condições de solo de Cerrado Denso e de Mata de Galeria no Distrito Federal, Brasil. Foram estudadas as respostas em crescimento e sobrevivência de mudas de 11 espécies árboreas nativas plantadas em solo, onde anteriormente havia um Cerrado Denso (LATOSSOLO VERMELHO AMARELO) e uma Mata de Galeria (PLINTOSSOLO) do Distrito Federal, à doses crescentes de nitrogênio (0, 10, 20 e 40 kg ha -1 de N), na forma de uréia, e à doses crescentes de fósforo (0, 10, 20 e 40 kg ha -1 de P), na forma de superfosfato triplo, na cova, utilizando delineamento de blocos ao acaso. As espécies estudadas foram: as pioneiras - Inga vera Wild. ssp affinis (DC.) T.D. Penn (ingá), Planthymenia reticulata Benth (vinhático), Astronium fraxinifolium Schott (gonçalo-alves), Anadenanthera falcata (Benth.) Speg (angico-do-cerrado), Schinus terebinthifolius (Raddi) (aroeirinha), Tapirira guianensis Aubl. (pau-pombo), e as secundárias - Copaifera langsdorffi Desf. (óleo-de-copaiba), Amburana cearensis (Fr. All) A.C Smith (amburana), Eugenia dysenterica DC (cagaita), Enterelobium gummiferum (Mart.) Macbride (tamboril-do-cerrado) e Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong. (orelha-de-negro). As espécies foram analisadas em conjunto de acordo com seu estágio sucessional (preisioneiras e secundárias). Os experimentos tiveram a duração de um ano e foram avaliados os incrementos do diâmetro do colo aos 4, 8 e 12 meses após o plantio. Aos 12 meses de idade foram avaliados o diâmetro de copa, sobrevivência e o teor de nutrientes nas folhas. A sobrevivência média das espécies secundárias na Mata de Galeria foi afetada pela adubação nitrogenada. No Cerrado Denso, independente do estágio sucessional, a adubação com fósforo ou com nitrogênio não exerceu influência sobre a sobrevivência das espécies, assim como na Mata de Galeria quando adubadas com fósforo. As espécies apresentam diferenças quanto aos requerimentos nutricionais. Foi viável o agrupamento em pioneiras e secundárias, que mostrou, na média, que os requerimentos nutricionais são distintos, nos dois ambientees. No Cerrado Denso, as espécies pioneiras apresentaram resposta linear e positiva à adubação com nitrogênio, e para as espécies secundárias, 10 kg ha -1 de N foi a melhor dose. O requerimento nutricional de fósforro pelas espécies pioneiras e secundárias pode ser considerado moderado, pois para ambas a melhor dose foi a de 10 kg ha -1 de P. Na Mata de Galeria, as espécies pioneiras apresentaram ajuste quadrático, alcançando melhor crescimento com dose de 40 kg ha -1 de N. Para as secundárias, as doses de 0, 20, e 40 kg ha -1 de N não diferiram entre si. Quanto ao fósforo, as pioneiras mostraram elevado requerimento nutricional (40 kg ha -1 de P), e as secundárias um requerimento moderado (10 kg ha -1 de P). No Cerrado Denso, a aroeirinha e o gonçalo-alves (Anacardiaceae) apresentaram os menores teores de N nas folhas, mas foram bastante responsivos em incremento no diâmetro do colo. O angico-do-cerrado e o ingá alcançaram os maiores teores de N, sendo que o angico-do-cerrado, com pequeno crescimento, se mostrou pouco eficiente na utilização dos nutrientes. Todas as espécies atingiram pequenos teores de P nas folhas, abaixo de 2,0 g kg -1 de P, com exceção do pau-pombo e do gonçalo-alves na Mata de Galeria. As prisioneiras angico-do-cerrado e vinhático, e as secundárias tamboril-do-cerrado e óleo-de-copaíba adubadas com P apresentaram os menores tores de fósforo, abaixo de 1,2 g kg -1 de P. A capacidade destas espécies de crescerem com baixo teor de fósforo nos tecidos indicam elevada eficiência nutricional. Todas as espécies apresentaram teores de cobre nas folhas abaixo de 6 mg kg -1. As espécies secundárias apresentaram teores de manganês superiores a 50 mg kg -1, tanto na Mata de Galeria como no Cerrado Denso. As espécies, tanto pioneiras como secundárias, apresentaram teor foliar de zinco mais baixos no Cerrado Denso do que na Mata de Galeria; entretanto, apenas o tamboril-do-cerrado ficou abaixo do limite de 9 mg kg -1 de Zn. No Cerrado Denso algumas espécies superaram 600 mg kg -1 de Al nas folhas. Dentre as espécies secundárias, o óleo-de-copaíba, tanto adubado com P ou com N no Cerrado Denso e com P na Mata de Galeria, apresentou o mais alto te

Ano de publicação: 2005

Tipo de publicação: Teses

Unidade: Embrapa Cerrados

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