Resumo: Objetivando conhecer alguns parâmetros que expressem o potencial forrageiro do capim-gengibre (Paspalum maritimum, Trind.), gramínea nativa perene de larga ocorrência na Baixada Litorânea e nos Tabuleiros Costeiros do Nordeste brasileiro, conduziu-se um experimento em blocos casualizados, com parcelas subdividas, em solo classificado como areia quartzosa marinha, em que foram avaliadas a curva de acumulação da matéria seca (MS), algumas de suas características nutricionais (parcelas), e a resposta dessa gramínea à adubação fosfatada na quantidade de 250 kg de superfosfato simples/ha (subparcelas). O crescimento, determinado por cortes da parte aérea aos 14, 28, 42, 70, 112 e 154 dias de idade, configurou-se em curvas quadráticas descritas pelas equações y1 = -173,8252 + 46,4303X - 0,1473X2 e Y2 = - 235,6802 + 44,5205x - 0,162X2, com coeficientes de regressão de 0,99 e 0,98, respectivamente, para os tratamentos com e sem fósforo, cujo efeito foi significativo (P<0,05) a paritr dos 42 dias de idade. Os teores de proteína bruta (PB) e a digestibilidade in vitro da metéria seca (DIVMS) declinaram de forama quadrática e linear, respectivamente, sem resposta à adubação fosfatada, com variação de 15,0% a 5,9% para PB e de 55,8% a 44,8% para DIVMS. Os teores de fósforo foram significativamente afetados (P < 0,01) pela adubação e decresceram de forma quadrática, com variação de 0,39% a 0,12% e de 0,35% a 0,09% para os tratamentos com e sem adubação, respectivamente. Esses parâmetros, a elevada proporção da fração foliar (acima de 85%) e a alta palatabilidade sugerem expressivo potencial forrageiro do capim-gengibre para a região acima referida.

Ano de publicação: 2004

Tipo de publicação: Folhetos

Unidade: Embrapa Tabuleiros Costeiros