Resistência induzida em mamoeiro contra pinta preta.

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Author(s): OLIVEIRA, A. A. R.

Summary: A varíola ou pinta preta é a doença mais comum do mamoeiro e ocorre tanto em pomares comerciais como em pomares domésticos. Ainda que não cause prejuízos tão grandes como outras podridões, pelo fato das manchas limitarem-se à superfície dos frutos, o grande número de lesões causa mau aspecto e grande desvalorização comercial. O agente causal da varíola é o fungo Asperisporium caricae (Speg) Maubl., que sobrevive de um período ambiental favorável a outro em folhas velhas, lesões antigas, frutos e partes afetadas que permanecem no solo. Sob condições de umidade, o fungo pode formar esporos e disseminar-se pela ação de respingos de orvalho ou da chuva, sendo arrastado para as partes verdes em desenvolvimento, germinando e penetrando nos pontos vulneráveis do mamoeiro. Um estudo conduzido por Oliveira (2005), em Hilo, cidade incrustada na principal região produtora de mamão dos EUA, objetivou verificar o efeito da aplicação de um derivado benzotidiazólico (ASM) na indução de resistência à varíola, assim como avaliar o efeito do indutor no nível de proteínas totais solúveis e na atividade de quitinase e ß-1,3-glucanase nas folhas de mamoeiro. O acibenzolar-S-metil (ASM) foi testado no mamoeiro ?Rainbow, cultivar geneticamente modificada, em condições de casa de vegetação, nas concentrações de 0, 1, 5, 25, or 100 µM 25 e 100 M i.a. de BTH. Os resultados obtidos demonstraram que a pulverização de BTH nas folhas do mamoeiro, uma semana antes da inoculação com A. caricae, influenciou a resistência das plantas contra a pinta preta. O desenvolvimento da doença foi significativamente mais lento nas concentrações de 25 e 100 M de BTH, resultando em menor severidade da fitomoléstia nessas dosagens do indutor de resistência.A aplicação de BTH induziu a significativa produção de proteínas relacionadas com a patogênese nas folhas do mamoeiro. Embora as plantas não inoculadas com A. caricae e as testemunhas que foram pulverizadas somente com água destilada também apresentassem produção dessas proteínas, um teor significativamente mais elevado foi observado quando o BTH foi aplicado nas concentrações de 25 e 100 ?M.A atividade da enzima ß-1,3-glucanase nas folhas de mamoeiros tratados com BTH a 25 e 100 ?M foi significativamente maior do que nas plantas-testemunha ou plantas tratadas com as menores dosagens do benzothiadiaole. De maneira similar, a atividade da quitinase, embora menos pronunciada, também foi significativa quando BTH foi aplicado naquelas concentrações.Ao final do experimento, dez semanas após a inoculação com A. caricae, não foi observado efeito significativo do BTH, na dosagens de 1 e 5 ?M, sobre o crescimento das plantas. Como reflexo do controle parcial da pinta preta, as concentrações de 25 e 100 ?M BTH influenciaram significativamente a altura e o diâmetro das plantas, com resultados similares aos observados nas plantas não inoculadas com o patógeno. O estudo evidenciou que o benzothiadiazole induz a resistência parcial do mamoeiro contra o Asperisporium caricae, sendo esta indução dependente da concentração do elicitor. As plântulas de mamoeiro não exibiram nenhum efeito fitotóxico quando foram pulverizadas com BTH nas concentrações de 25 e 100 ?M de BTH, indicando que o ativador de resistência tem potencial para controle da pinta preta em condições de campo.

Publication year: 2009

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