Taxa de excreção do adulto da cigarrinha-da-raiz Mahanarva fimbriolata (STAL, 1854) (Hemiptera: cercopidae) em acessos da gramínea forrageira Panicum maximum.

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Author(s): PISTORI, M. G. B.; VALERIO, J. R.; BARBOSA, L. R.; CHERMOUTH, K. da S.; OLIVEIRA, M. C. M.

Summary: As cigarrinhas podem reduzir a produção, a qualidade e a capacidade de suporte das pastagens. A diversificação de pastagens, com a utilização de gramíneas forrageiras resistentes, apresenta grande potencial e tem se constituído na melhor alternativa visando ao controle desses insetos. Coleções de gramíneas forrageiras têm sido avaliadas na Embrapa Gado de Corte, procurando-se identificar acessos apresentando resistência a esses insetos. No presente trabalho, objetivou-se comparar alguns acessos da gramínea Panicum maximum (códigos G2, G38, G56 e K59) através do parâmetro taxa de excreção, quanto à resistência à cigarrinha-da-raíz Mahanarva fimbriolata. As cultivares comerciais P. maximum cv. Massai (altamente resistente), Tanzânia (resistente) e Mombaça (moderadamente resistente), foram incluídas como testemunhas. Diferenças nas taxas de excreção estão relacionadas a diferenças no consumo alimentar de insetos sugadores em variedades de plantas resistentes e não resistentes. Menor taxa de excreção tem sido relacionada com um maior grau de resistência. Fêmeas da cigarrinha foram individualizadas em câmaras de filme parafinado e permaneceram confinadas nas bainhas das folhas por um período de 24 horas. Após este período, as câmaras foram removidas. Os adultos foram descartados e o conjunto, líquido mais a câmara foi pesado. Em seguida, com o uso de uma seringa e uma agulha, o líquido foi retirado e a câmara de filme parafinado foi então pesada novamente. Por diferença, obteve-se a quantidade de líquido excretado, em mg, no período de 24h. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com sete tratamentos e 15 repetições. As médias foram submetidas à análise de variância e as diferenças foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. As taxas médias de excreção variaram desde 434mg, na cultivar Massai, até 3872mg/24h, no acesso G56. Dentre os quatro acessos, a menor taxa de excreção (indicando maior resistência), foi constatada no acesso G38 (1857mg), que não diferiu estatisticamente da cultivar resistente Tanzânia (1503mg), porém apresentando taxa de excreção superior àquela constatada na testemunha altamente resistente, Massai (434mg). As taxas de excreção constatadas nas demais plantas foram: G2 (2383mg); K59 (2627mg) e cultivar Mombaça (3014mg). O acesso G56 (3872mg) revelou-se o menos resistente entre os acessos e cultivares testados.

Publication year: 2008

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