Autoria: PEIXOTO, M. G. C. D.; PRAXEDES, W. A.; PEREIRA, M. C.; CARNEIRO, R. V.; PIRES, M. de F. A.; VERNEQUE, R. da S.

Resumo: Foram analisadas 4.761 informações de 2.500 vacas da raça Gir Leiteiro com o objetivo de determinar os fatores que interferem com o temperamento e verificar a associação do escore para temperamento (ET) com a produção de leite e a permanência do animal no rebanho. O ano e época de parto, e rebanho afetaram significativamente o ET, o que sugere que fatores ambientes, tais como temperatura, precipitação, umidade e manejo inerentes a cada período ou em cada rebanho podem influenciar o temperamento do animal. Os valores de ET podem alterar dependendo do indivíduo que avaliou os animais, possivelmente devido à subjetividade da metodologia. O coeficiente de regressão negativo da idade da vaca ao parto sobre o temperamento indica diminuição nos escores de temperamento com o avanço da idade da vaca. O temperamento influenciou significativamente (p<0,05) a produção de leite apenas à primeira das três lactações avaliadas, sugerindo que, em lactações subsequentes, as produções de leite das vacas que permanecem no rebanho não são afetadas pelo temperamento. Todos os efeitos analisados sobre o temperamento foram importantes e devem ser considerados ao se comparar animais para essa característica. O temperamento é uma variável importante para a produção de leite no início da vida produtiva da vaca. Boas práticas de manejo no rebanho e/ou descarte precoce de vacas bravas podem contribuir para a maior frequência de vacas mansas no rebanho.

Ano de publicação: 2009

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Gado de Leite

Palavras-chave: Comportamento Animal