Funções de pedotransferência para estimativa da densidade dos solos brasileiros.
Funções de pedotransferência para estimativa da densidade dos solos brasileiros.
Autoria: BENITES, V. de M.; MACHADO, P. O. de A.; FIDALGO, E. C. C.; COELHO, M. R.; MADARI, B. E.; LIMA, C. X.
Resumo: A medida da densidade do solo (DS) é indispensável para a estimativa do estoque de carbono do solo. Porém medições diretas de DS através de amostras de campo, especialmente em profundidade, são laboriosas e geralmente impraticáveis. Neste caso, modelos de funções de pedotransferência (PTFs) baseados em propriedades do solo obtidas mais facilmente são alternativas às medições laboriosas de densidade do solo. Um procedimento de regressão múltipla "forward stepwise" foi empregado para a predição de DS a partir de 17 propriedades do solo, utilizando um conjunto de dados (conjunto de dados 1) proveniente dos Arquivos de Solos da Embrapa Solos, Rio de Janeiro, Brasil. Um primeiro modelo de regressão exploratório utilizando 1002 amostras de solos do conjunto de dados 1 indicou que o nitrogênio total (N), o conteúdo de argila e a soma de bases (SB) contribuem de forma mais efetiva para a predição de DS (R2 ajustado = 0,71, erro padrão da estimativa = 0,10). Um modelo simplificado de regressão foi desenvolvido utilizando atributos do solo facilmente medidos, como carbono orgânico (COT), argila e SB. Esse modelo explica 66% da variação da DS em 1396 amostras de solos distribuídas em todas as profundidades (erro padrão da estimativa = 0,11). O conteúdo de argila mostrou boa correlação com a predição de DS (valor beta = -0,58) seguida por COT (valor beta = -0,51) e SB (valor beta = 0,21). A separação do conjunto de dados 1 em grupos de profundidade do solo (0-30 e 30-100 cm) e em classes de solo (Latossolos e Argissolos) não aumentou a precisão das equações de regressão. Em adição, testou-se o potencial de DS predito pelo modelo proposto e por outros três modelos existentes (dois para o Brasil e um para os EUA) em um conjunto de dados independente (conjunto de dados 2). Uma superestimativa da predição de DS pelo modelo dos EUA, apresentando um erro médio de predição (MPE) de 0,11 mostra que PTFs desenvolvidas em diferentes ambientes devem ser usados com cuidado. Modelos brasileiros desenvolvidos para o bioma Amazônia, por outro lado, apresentaram uma pequena subestimativa com valores de MPE variando entre - 0,03 a -0,16. O modelo de regressão simples proposto incluindo argila, COT e SB mostrou-se mais preciso.
Ano de publicação: 2006
Tipo de publicação: Folhetos
Unidade: Embrapa Solos
Palavras-chave: Densidade do solo, Estoque de carbono, Funções de pedotransferência, Pedometria
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