Autoria: IBELLI, A. M. G.; GIGLIOTI, R.; BANDARRA, M. B.; MOMO, C.; VASCONCELOS, R. O.; RIBEIRO, A. R. B.; OLIVEIRA, M. C. de S.; RAMOS, A. C. L. S.; MEIRELLES, S. L.; ALENCAR, M. M. de; REGITANO, L. C. de A.

Resumo: A variação genética de bovinos tem sido muito estudada visando entender quais são os mecanismos envolvidos na resistência ao carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. O objetivo deste trabalho foi avaliar diferenças na contagem diferencial de leucócitos no sangue e de mastócitos na pele de bovinos de três grupos genéticos infestados com o carrapato R. microplus. Foram utilizadas 15 fêmeas de cada grupo genético (GG): cruzadas Senepol x Nelore (SN), Angus x Nelore (TA) e Nelore (NX), nascidas de novembro de 2005 a janeiro de 2006, na Embrapa Pecuária Sudeste. Os animais livres de carrapatos foram submetidos a 4 infestações artificiais consecutivas, cada uma com aproximadamente 20000 larvas de carrapato, colocadas sobre a região lombar do animal. A contagem do número de carrapatos foi realizada do 19º ao 23 dia de cada infestação. Os dados foram analisados pelo procedimento MIXED do SAS, com modelo que incluiu os efeitos de GG, contagem, infestação e interações, além do resíduo. Amostras de sangue periférico e pele foram coletadas 24 horas após a última infestação. Esfregaços sanguíneos foram feitos e corados com o corante Giemsa-May-Grünwald. Em cada lâmina foram contadas 100 células classificadas em neutrófilos, monócitos, basófilos, linfócitos e eosinófilos. Esses dados foram analisados pelo procedimento GLM do SAS, com modelo que incluiu GG. Amostras de pele foram fixadas em paraformaldeído 4%, incluídas em parafina e coradas com azul de toluidina para contagem de mastócitos. Para cada lâmina, foram contados cinco campos em objetiva 40X de microscópio óptico. Os dados foram analisados pelo procedimento MIXED do SAS, com modelo que incluiu GG e contagem. Foi verificada diferença significativa (P<0,01) para o número de carrapatos entre os três grupos avaliados, sendo que os animais TA (0,83±0,06) apresentaram maiores médias e o grupo NX (0,23±0,06), a menor média. Foi também observado efeito significativo da contagem e infestação (P<0,0001). Na contagem diferencial de leucócitos, animais TA tiveram maiores quantidades de monócitos que NX (P<0,05), não diferindo de SN. Não houve diferença significativa para os outros leucócitos avaliados. Entretanto, o grupo genético NX teve maiores médias de mastócitos que SN e TA (P<0,01). Dessa maneira, pode-se dizer que animais com baixa infestação apresentaram menores quantidades de monócitos e maiores quantidade de mastócitos em relação aos animais mais infestados. Palavras-chave: carrapatos, bovinos, resistência

Ano de publicação: 2010

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Pecuária Sudeste

Palavras-chave: Carrapato, Grupos genéticos, Infestação, Leucócitos