Expressão gênica diferencial em bovinos nelore, angus x nelore e senepol x nelore infestados com carrapato rhipicephalus (boophilus) microplus.

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Author(s): IBELLI, A. M. G.; CARDOSO, F. F.; GIACHETTO, P. F.; HIGA, R. H.; OLIVEIRA, M. C. S.; YAMAGISHI, M. E. B.; RIBEIRO, A. R. B; ALENCAR, M. M.; GIGLIOTI, R.; REGITANO, L. C. A.

Summary: Os bovinos apresentam vários mecanismos de proteção ao carrapato, que ocorrem durante por todo o estágio parasitário de aproximadamente 3 semanas. No entanto, tem sido verificado que animais resistentes geralmente apresentam a maior rejeição às larvas, em quantidade absoluta, nas primeiras 24 horas após a infestação. Isso ocorre provavelmente devido ao impedimento de fixação das larvas pelas reações iniciadas no hospedeiro. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi verificar a expressão gênica diferencial em bovinos após 24 horas da infestação artificial com carrapato R. microplus. Foram utilizadas 7 fêmeas de cada grupo genético: cruzadas Senepol x Nelore, Angus x Nelore, e Nelore, nascidas, na Embrapa Pecuária Sudeste. Os animais livres de carrapatos foram submetidos a 4 infestações artificiais consecutivas, cada uma com aproximadamente 20000 larvas de carrapato, colocadas sobre a região lombar do animal. Amostras de pele foram colhidas antes do início das infestações e 24 horas após a quarta infestação. O RNA total foi extraído e purificado em coluna de sílica e as amostras foram submetidas à análise de expressão gênica em larga escala utilizando a plataforma de microarranjos GeneChip® Bovine Genome Array (Affymetrix). Posteriormente, foi feita uma pré-correção dos dados pelo procedimento RMA (média multiarranjo robusta), sumarização pelo pacote R/affy e busca por interação entre tratamento (antes e depois da infestação) e a expressão gênica pelo pacote R/maanova. A partir dos resultados obtidos, não foi possível observar influência do grupo genético na expressão dos genes, indicando que mecanismos comuns aos diferentes grupos genéticos são ativados ou reprimidos em resposta à infestação. A comparação entre os tratamentos mostrou que 1502 genes foram diferencialmente expressos. Desses, 651 foram ativados e 851 tiveram sua expressão reduzida após o desafio. Considerando os valores de razão da expressão, 93 genes tiveram aumento ou diminuição de 50% no seu nível de transcrição. Entre os genes e vias metabólicas ativados na resposta ao carrapato destacaram-se as quimiocinas, os genes de sinalização das vias MAPK e Jak-Stat, receptores de citocinas, do complemento e de moléculas de adesão focal. Alguns desses genes são importantes para o processo inflamatório, recrutando células (linfócitos, monócitos e basófilos) que já foram relacionadas à defesa do hospedeiro ao carrapato e devem contribuir para a morte das larvas nesse período do ciclo parasitário.

Publication year: 2010

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