Characterization of condensed tannins from native legumes of the brazilian Northeastern Semi-arid.

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Autoria: BEELEN, P. M. G.; BERCHIELLI, T. T.; ARAUJO FILHO, J. A. de; OLIVEIRA, S. G. de

Resumo: Apesar da possível influência do tanino sobre o valor nutritivo das forrageiras da Caatinga, poucos são os estudos que avaliam a concentração de taninos nestas plantas. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os taninos condensados presentes nas espécies Mimosa hostilis (Jurema Preta), Mimosa caesalpinifolia (Sabiá) e Bauhinia cheilantha (Mororó), em três fases do ciclo fenológico. As concentrações de tanino solúvel (TS), tanino ligado ao resíduo (TL) e tanino total (TT) foram determinadas pelo método butanol-HCl; a adstringência foi avaliada pelo método de difusão radial e a composição de monômeros dos taninos purificados através do sistema de cromatografia líquida de alta resolução, utilizando delfinidina, cianidina e pelargonidina como padrões. A concentração e adstringência dos taninos condensados purificados, assim como sua composição monomérica, variou entre as espécies e, em alguns casos, entre os ciclos fenológicos. Os valores foram superiores aos considerados benéficos a digestão ruminal (5%). Jurema Preta apresentou os maiores valores (30,98% TT e 22% de adstringência na vegetação plena) e Mororó os menores valores observados (10,38 TT e 14% de adstringência na frutificação). A Jurema Preta apresentou uma relação prodelfinidina (PD):procianidina (PC) média de 97:3 que se mostrou pouco variável, indicando uma alta capacidade adstringente dos taninos desta espécie em todas as fases do ciclo fenológico. O Sábia apresentou uma relação de 90:20 nas fases de vegetação plena e floração, diminuindo para 40:50 na fase de frutificação. A relação PD:PC do Mororó foi mais equilibrada, oscilando em torno de 40:50 nas fases de vegetação plena e floração e reduzindo para 35:60 durante a frutificação. A propelargonidina esteve ausente ou em pequena concentração nas espécies estudadas. Abstract: Despite the possible influence of tannins on the nutritional value of the forages from Caatinga vegetation, there are few studies that evaluated their tannin concentration. This study was conducted to characterize condensed tannins present in the legumes species Mimosa hostilis (Jurema Preta), Mimosa caesalpinifolia (Sabia) and Bauhinia cheilantha (Mororo), at three stages of their phenological cycle. The concentration of soluble tannin (ST), bound tannin (BT) and total tannin (TT) were determined using the butanol-HCL method; astringency was by the radial diffusion method, and the monomeric composition of purified tannins by a high-performance liquid chromatograph with delphinidin, cyanidin and pelargonidin as standards. Concentration and astringency of purified condensed tannins, as well as their monomeric composition varied between species, and in some cases among phenological cycles. The values observed were always above the limits considered beneficial for ruminal digestion (i.e. 5%). Jurema Preta presented the highest values (30.98% TT and 22% astringency at full growth stage), and Mororo the lowest (10.38% TT and 14% astringency during fructification). Jurema Preta presented a mean relationship prodelfinidin (PD): procyanidin (PC) of 97:3, which did not vary during the phenological cycle, showing the high astringent capacity of these tannins. Sabia presented a relationship of 90:20 during full growth and flowering stages, decreasing to 40:50 at fructification. In Mororo the PD:PC relationship was more equilibrated, around 40:50 during full growth and flowering stages, decreasing to 35:60 During fructification. Propelargonidin was not detected or was present at low concentration in the three species.

Ano de publicação: 2006

Tipo de publicação: Artigo de periódico

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