Autoria: CASAGRANDE, C. G.; KUNZ, A.; SOARES, H. M.; PRÁ, M. C. de; SCHIERHOLT NETO, G. F.

Resumo: A elevada carga de nitrogênio presente em efluentes da suinocultura é um dos maiores desafios de manejo da atividade. O processo Anammox surge como boa alternativa para a remoção biológica desse nutriente. Este trabalho teve como objetivo aclimatar diferentes amostras de lodos de sistemas de tratamento de efluentes da suinocultura com vistas ao estabelecimento do processo Anammox. Dois inóculos foram coletados na Embrapa Suínos e Aves, Concórdia - SC, um dos quais no fundo de uma lagoa anaeróbia inativa (Inóculo A) e o outro, em um tanque de aeração (Inóculo B). Ambos foram aclimatados até cessar o consumo de N-NO3- e, posteriormente, inoculados em dois reatores (Reator A - Inóculo A e Reator B - Inóculo B). O Reator A apresentou atividade, após aproximadamente 110 dias de operação, enquanto o Reator B precisou de aproximadamente 170 dias, diferença de tempo de partida que pode ser explicada pelas diferentes condições ambientais a que cada lodo estava submetido. As análises de FISH e PCR comprovaram a presença de microrganismos com atividade Anammox, mostrando que lodos de sistemas de tratamento de efluentes da suinocultura podem ser boa fonte de inóculo para o desenvolvimento do processo Anammox.

Ano de publicação: 2011

Tipo de publicação: Artigo de periódico

Unidade: Embrapa Suínos e Aves

Palavras-chave: ANAMMOX, Dejeto suíno