Autoria: BRANDÃO, L. da S.; BASSOI, L. H.

Resumo: Os estômatos são estruturas morfológicas fundamentais na fisiologia vegetal responsáveis pelas trocas gasosas das plantas vasculares. O objetivo desse trabalho foi o de medir a densidade estomática de duas cultivares de videira não enxertadas, Syrah (enxerto) e Paulsen 1103 (porta-enxerto), e observar as alterações no número de estômatos devido à restrição de água durante um ciclo de produção, entre abril e agosto de 2010. O experimento foi conduzido no Campo Experimental de Bebedouro, pertencente à Embrapa Semiárido, em Petrolina - PE, sendo as videiras submetidas à 3 tratamentos de irrigação: 1 - irrigação plena (sem a restrição hídrica ao longo do ciclo de produção); 2 - irrigação com déficit (restrição hídrica após a fase fenológica de pegamento do fruto); e 3 - irrigação com déficit hídrico controlado (com restrição hídrica após a fase de pegamento de fruto, mas com reposição hídrica eventual). Foram coletadas 2 folhas por tratamento, e 3 lâminas foram preparadas por folha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 3 repetições. As lâminas foram utilizadas para leituras da densidade estomática em um microscópio óptico no Laboratório de Microscopia do Departamento de Engenharia Agrícola da UNIVASF, em Juazeiro - BA. O software Scope Photo 3.0 foi utilizado para a visualização com lentes objetivas de 4x e 10x. Para quantificar a densidade estomática (número de estomatos / mm2), o número de estômatos observado foi dividido pelo fator 0,272902. A densidade estomática foi menor nos tratamentos irrigação com deficit e irrigação com deficit controlado para ambas as cultivares, em relação ao tratamento irrigação plena. A Paulsen 1103 apresentou densidade estomática superior à Syrah, evidenciando uma maior resistência à seca da primeira cultivar de videira.

Ano de publicação: 2011

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Semiárido

Palavras-chave: Deficit hídrico, Irrigação, Manejo, Semiárido, Uva, Vitis Vinifera