Parasitos de Centropomus undecimalis e Centropomus parallelus (perciformes) cultivados em Santa Catarina (Brasil) e relação hospedeiro-parasito.
Parasitos de Centropomus undecimalis e Centropomus parallelus (perciformes) cultivados em Santa Catarina (Brasil) e relação hospedeiro-parasito.
Autoria: TANCREDO, K. R.; MIRCHIORI, N. da C.; ROUMBEDAKIS, K.; CERQUEIRA, V.; TAVARES-DIAS, M.; MARTINS, M. L.
Resumo: Os robalos são reconhecidos como espécies de grande potencial para a aquicultura, devido à boa taxa de crescimento, a qualidade da carne que é branca, delicada e com pouca gordura. A separação do filé é fácil, com alto rendimento e não apresenta espinhos. Seu valor de mercado está entre os mais elevados, considerando peixes marinhos e de água doce. No entanto, são peixes sensíveis à baixa qualidade ambiental podendo provocar estresse e doenças. As doenças parasitárias são fatores limitantes ao incremento da produção e produtividade, causando prejuízos econômicos significativos ao produtor, devido à elevada mortalidade. Portanto, é necessário identificar os parasitos causadores de infecções em robalos cultivados e avaliar as condições sanitárias, para então implantar e/ou melhorar medidas profiláticas. O presente estudo investigou a parasito fauna de Centropomus parallelus e Centropomus undecimalis cultivados, bem como a relação hospedeiro-parasito por meio de índices biométricos, fator de condição e índice hepatosomático. Tais parâmetros corporais são considerados indicadores do estado de saúde em populações de peixes cultivados e ambiente natural. Estudos sobre a ecologia de parasitos nos cultivos destes peixes são, dessa maneira, necessários para melhor compreender as relações parasito-hospedeiro. Entre novembro de 2011 e maio de 2012, 44 espécimes de C. parallelus e 20 de C. undecimalis provenientes da Fazenda de cultivo Yakult, Barra do Sul, SC foram submetidos à análise parasitológica. Os peixes estavam separados por espécie e distribuídos em 19 tanques rede, com água salobra e apresentavam cerca de 1 ano e meio de vida. Após anestesia com eugenol, cada peixe foi medido e pesado. Em seguida, os peixes foram sacrificados por comoção cerebral para análise do muco, brânquias e trato gastrointestinal, para coleta dos parasitos. O fígado de C. parallelus e C. undecimalis foi pesado (g) e usado para calcular o índice hepatosomático (IHS%). Os dados de peso (g) e comprimento total (cm) dos hospedeiros foram usados para calcular o fator de condição relativa (Kn). Nas brânquias de C. parallelus e C. undecimalis foram identificados Monogenea, Rhabdosynochus rhabdosynochus Mizelle e Blatz, 1941 e Rhabdosynochus hudsoni Kritsky, Boeger e Robaldo, 2001 (Diplectanidae) e no trato gastrointestinal digenéticos Acanthocollaritrema umbilicatum Travassos, Freitas e Bührheim, 1965 (Acanthocollaritrematidae), os quais mostraram dispersão agregada em ambos os hospedeiros. Para C. parallelus e C. undecimalis houve similar prevalência de Rhabdosynochus spp., mas ocorreu maior intensidade e abundância média em C. parallelus. Não foi encontrada diferença na prevalência, intensidade e abundância média de A. umbilicatum para ambos os hospedeiros. A abundância média de Rhabdosynochus spp. aumentou com o comprimento e peso de C. parallelus e C. undecimalis. O índice hepatosomático de C. parallelus diminuiu com a abundância de Rhabdosynochus spp. Em C. parallelus e C. undecimalis houve baixa diversidade de parasitos, uma vez que esses peixes foram parasitados somente por ectoparasitos Rhabdosynochus spp. e endoparasitos A. umbilicatum. No presente estudo, o robalo peva C. parallelus é considerado um novo hospedeiro e Santa Catarina uma nova localidade para A. umbilicatum, assim como o primeiro registro de R. rhabdosynochus e R. hudsoni em robalos cultivados no estado.
Ano de publicação: 2013
Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Amapa
Palavras-chave: Fator de condição, Parasito de animal, Peixe de água doce, Peixe marinho, Robalo, Sanidade animal
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