Critérios para avaliação da resistência à mancha parda e relação entre a mancha parda na folha bandeira e a mancha de grãos em genótipos de arroz.
Critérios para avaliação da resistência à mancha parda e relação entre a mancha parda na folha bandeira e a mancha de grãos em genótipos de arroz.
Author(s): SILVA-LOBO, V. L.; AGUIAR, J. T. de; CÔRTES, M. V. de C. B.; FILIPPI, M. C. C. de; PRABHU, A. S.
Summary: A mancha parda (Bipolaris oryzae) e a mancha de grãos (B. oryzae, Phoma sorghina, Tricochoniella padwickii e Microdochium oryzae, entre outros) ocorrem em todas as regiões produtoras de arroz no mundo. No Brasil ainda não existem variedades comerciais resistentes a estas doenças. Os objetivos deste trabalho foram estabelecer critérios eficientes para avaliação da resistência à mancha parda (MP) e avaliar a relação entre a mancha parda na folha bandeira e a mancha de grãos, em condições de casa de vegetação. A inoculação em casa de vegetação foi realizada em plantas de 12 genótipos no estágio V4, pulverizando-se uma suspensão de conídios de B. oryzae, na concentração 3 x 105 esporos mL-1, e a avaliação sete dias após a inoculação por meio de uma escala de notas de seis graus (0 = planta imune; 1 = resistente; 3 = moderamente resistente; 5 = moderamente suscetível; 7 = suscetível e 9 = altamente suscetível). Foi feita também a contagem do número de lesões/cm2. Em uma segunda etapa do ensaio, os mesmos genótipos foram transplantados para vasos de 5 kg, e inoculados na fase de grão leitoso (R2). Na avaliação feita na fase vegetativa (V4), os genótipos foram classificados em resistentes (nota 1) e moderadamente resistentes (nota 3) destacando-se o genótipo Kanto 51, como moderadamente resistente e os demais como resistentes. Na fase reprodutiva, com inoculação no estágio R2, observou-se a formação de cinco grupos distintos. O genótipo BRA 02535 se classificou como resistente; BRSMG Curinga, Ipeaco e BRS Sertaneja como medianamente resistentes; Kanto 51, BRS Esmeralda e BRS Jaburú como medianamente suscetíveis; Colômbia 1, Zenith, BRS Jaçanã e BRS Tropical como suscetíveis e Moroberekan como altamente suscetível. O mesmo agrupamento foi observado na avaliação feita pela contagem do número de lesões cm-2. Os grãos foram colhidos e avaliados quanto ao índice de mancha de grãos, o qual foi obtido a partir da avaliação da severidade da doença, por meio de análise com escala de quatro graus (0= sem manchas; 1= 1-25%; 2= 26-50%; 4= 51-75% da superfície do grão manchada), se destacando o genótipo BRA 02535, com a menor severidade. Estes mesmos grãos foram submetidos à análise da sanidade realizada pelo método ?Blotter test?, onde se verificou maior incidência de Bipolaris oryzae entre os patógenos, com presença em 46,3% dos grãos dos genótipos avaliados. O segundo patógeno mais frequente foi Cladosporium sp., com percentual de 27,2% dos grãos. A correlação entre a severidade da mancha parda na folha bandeira e o índice de mancha de grão foi alta e positiva (R2=0,70), indicando que a avaliação e a seleção de plantas resistentes à mancha de grãos podem ser feitas com base na severidade de macha parda na folha bandeira através de inoculações com um isolado de B. oryzae. A avaliação da mancha parda na folha bandeira (estágio R2) utilizando escala de notas foi eficiente em discriminar os genótipos. BRA 02535 foi o genótipo mais resistente e Moroberekan foi altamente suscetível à mancha parda do arroz e à mancha de grãos.
Publication year: 2014
Types of publication: Booklets
Unit: Embrapa Rice & Beans
Keywords: Arroz, Doença de planta, Mancha parda, Oryza sativa
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