Autoria: JESUS, F. de; FIRMINO, A.; GUEDES, M.

Resumo: A região Amazônica é marcada por lutas sociais que amenizaram os conflitos provocados pelas ações de grilagem de terras para exploração predatória das florestas, determinadas por grandes fazendeiros e empresas madeireiras (Homma, 1993). No Amapá, também houve conflitos entre populações tradicionais que utilizam recursos florestais e grandes empresas que se denominavam donas das áreas. Como estratégia para manter a posse da terra sob domínio público e dar segurança fundiária às populações tradicionais extrativistas da castanha da Amazônia, que residiam no sul do Amapá, foi criada a reserva extrativista do rio Cajari (RESEX-CA), em 1990. Segundo Brasil (2000), o objetivo das reservas extrativistas é proteger os meios de vida e a cultura das populações locais, bem como assegurar o uso sustentável dos recursos naturais nas unidades de conservação. No caso da RESEX-CA, a presença de castanhais (concentrações de castanheiras Bertholletia excelsa Bonpl.), fez da castanha da Amazônia o principal produto do extrativismo realizado pelas populações tradicionais na região (Ribeiro, 2011). Além da importância econômica e ambiental, o extrativismo da castanha também é determinante no modo de vida dos castanheiros. No entanto, essa não é a única atividade produtiva realizada no interior da RESEX-CA. De acordo com o plano de uso elaborado durante a criação da Resex, os moradores podem usar áreas de floresta para implantar roçados, com limite máximo de 15 ha por família, incluindo capoeiras, plantios, quintais, etc. (IBAMA, 1990). O estudo buscou quantificar a população, identificando e mensurando a importância das atividades econômicas e de subsistência praticadas para sustentabilidade das famílias dentro da Região do Alto Cajari, na Reserva Extrativista do Rio Cajari.

Ano de publicação: 2013

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Amapa

Palavras-chave: Castanha, Castanheiro, Produção florestal, Recurso florestal