A prática de utilizar plantas de cobertura, como braquiária ou crotalária, associadas a um sistema diversificado de rotação e/ou de consórcio de culturas está sendo cada vez mais adotada por parte dos produtores no bioma Cerrado, principalmente, no sistema plantio direto. Essa medida tem ajudado de forma sistemática na melhoria da qualidade dos solos da região e impactado de forma positiva na produtividade de grãos e de cereais, como soja e milho, um exemplo da Agricultura Conservacionista. Dentre as vantagens do uso de sistemas apropriados de rotação, sucessão e consórcios de cultivos, podem ser citadas: o incremento e a estabilidade de produtividade de grãos, a quebra do ciclo de pragas e de doenças, a diminuição da infestação de plantas daninhas, a alternância no padrão de extração e de ciclagem de nutrientes com uso de espécies com diferentes sistemas radiculares; além da manutenção ou a melhoria das condições físicas do solo. O cultivo posterior da soja, em área de palhada de braquiária, por exemplo, também é beneficiado com a economia de nutrientes como fósforo e potássio, o que acaba impactando positivamente nos custos de produção. Estudos recentes concluíram que o período de corte das plantas de cobertura no florescimento ou na maturação não tem influência sobre a produtividade de grãos de milho, sendo que esta decisão deverá ser avaliada pelo produtor. É certo que seguindo de forma adequada as orientações de manejo das diversas plantas de cobertura que poderão ser utilizar nesses sistemas de produção, o produtor obterá resultados cada vez mais satisfatórios.

Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outra(s) instituição(ões).