Armadilhas com urina bovina destinam-se à captura de percevejos da soja visando à redução populacional dessa praga e, em consequência, redução de danos às plantas. Essas armadilhas são fixadas em estacas e colocadas na borda ou no interior da lavoura de soja. As armadilhas devem ser instaladas desde o período inicial do desenvolvimento das plantas de soja, permanecendo durante todo o ciclo da cultura. Na fase inicial da cultura, quando os percevejos estão iniciando a sua entrada na lavoura de soja, as armadilhas têm sua maior eficiência de captura, reduzindo as infestações e, em consequência, os danos futuros da praga, que ocorrem durante a fase de formação de vagens e enchimento de grãos. O número de armadilhas distribuídas nas lavouras é variável, sendo habitualmente colocadas uma armadilha a cada 30 m a 50 m. Como o ataque dos percevejos pode reduzir a germinação e o vigor das sementes, em áreas de produção de sementes pode-se utilizar quantidades maiores de armadilhas. Essa tecnologia de manejo da praga necessita de mão-de-obra, por isso ela é recomendada para pequenas áreas, especialmente no cultivo de soja orgânica, quando não se pode aplicar inseticida. Além disso, pela soja orgânica ser mais valorizada, o uso de uma tática de controle com custo de mão-de-obra acaba sendo economicamente mais viável. As armadilhas são confeccionadas utilizando garrafas plásticas tipo pet de 2 L com aberturas no terço médio da garrafa. É utilizada uma solução de urina bovina + sal de cozinha (cloreto de sódio), nas proporções de 3 L de urina e 500 g de sal, dissolvidos em 7 L de água. É indicado que as armadilhas sejam vistoriadas periodicamente para a retirada dos insetos já capturados e reposição da solução, devendo esta estar sempre num nível máximo de 2 cm abaixo das aberturas, evitando a fuga de novos percevejos atraídos. As aberturas poderão também ser cortadas no terço superior da garrafa, facilitando assim a reposição da solução.