Solos empobrecidos, desprotegidos, com baixos valores de nutrientes disponíveis para as plantas e com baixa diversidade de microorganismos. Essa situação pode reduzir a produtividade potencial do sistema agrícola e, consequentemente, pode levar o produtor a ter prejuízos. Esses são os problemas podem ser minimizados com o uso da adubação verde.

Adubos verdes são plantas utilizadas para melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, uma vez que fornecem uma maior quantidade de matéria orgânica no solo. Há espécies, como leguminosas, que se associam a bactérias fixadoras de nitrogênio do ar, transferindo-o para as plantas. Estas espécies também estimulam a população de fungos micorrízicos, microrganismos que aumentam a absorção de água e nutrientes pelas raízes.

Uma das formas de consórcio é o "coquetel" de adubos verdes que corresponde à mistura das seguintes sementes: Crotalaria juncea, mucuna- preta, sorgo forrageiro, guandu-anão e milheto. Outra opção de consórcio para adubação verde, na Região do Cerrado do Brasil, é a utilização de sorgo forrageiro e Crotalaria, na proporção de 50% cada. O plantio deve ser realizado com 20-25 sementes por metro linear, espaçamento de 50 cm entre linhas alternadas, sendo uma de sorgo e outra de Crotalaria, ou plantio a lanço com mistura de sementes e incorporação com grade niveladora fechada.

Assim, a adubação verde em sistemas de consórcio ou de rotação de culturas pode incorporar quantidades significativas de nitrogênio aos sistemas de produção, melhorando a produtividade das hortaliças e, consequentemente, economia de recursos. A formação de grande quantidade de palhada também favorece a proteção do solo e dificulta o estabelecimento de plantas invasoras.

A adubação verde é indicada para uso por todos os produtores de hortaliças em todo o território nacional.