Fabricação de composto anaeróbico de farelos (Bokashi sólido)

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Foto: RESENDE, Alexander Silva de

Resíduos agroindustriais podem tornar um problema ambiental caso não recebam uma destinação adequada. No entanto, quando bem aproveitados e, com manejo adequado, eles transformam-se em excelentes fertilizantes. Entre os benefícios desses resíduos estão: melhoria da qualidade do solo, e fornecimento de importantes microrganismos e nutrientes para as plantas cultivadas em sistema orgânico e convencional. Outra vangagem é a economia financeira, uma vez que a adubação é uma das operações responsáveis por boa parte do custo de produção das hortaliças. O composto anaeróbico de farelos ou Bokashi é um adubo sólido constituído de uma mistura de resíduos agroindustriais diversos como farinha de osso e farelos de cereais e de oleaginosas que passam por fermentação anaeróbica. Ele é bastante rico em nutrientes, sendo indicado, preferencialmente, para adubações de cobertura, porém pode ser usado na composição de substratos para produção de mudas, junto a outros materiais. O Bokashi age como excelente condicionador e/ou inoculante de solo, atuando no controle de doenças e auxiliando na recuperação de terras com perdas nutricionais e degradadas pelo uso excessivo de insumos químicos. O processo de fabricação do composto anaeróbico de farelos obedece às seguintes etapas: 1) adição e mistura dos componentes, iniciando pela cama de matrizes, seguida por calcário dolomítico, torta de mamona, farelo de trigo, farinha de osso, cinzas ou carvão e água; 2) mistura e dissolução de água, leite, micro-organismos eficazes e açúcar cristal em um galão de plástico ou outro recipiente; 3) adição da solução sobre a mistura, aos poucos, de maneira bem distribuída e uniforme, até atingir o ponto de moldar um torrão sem excesso de água. A decomposição do material, que ocorre na ausência de ar, leva de 15 a 20 dias para ficar pronto para o uso. Esse tempo é relativamente rápido comparando-se com outros compostos produzidos de forma aeróbica. Os produtores orgânicos e convencionais de todo o Brasil podem utilizar esse fertilizante produzido em sua própria área e usufruírem dos benefícios que ocorrerão no solo e, consequentemente, nas plantas.

Prática agropecuária: Prática para manejo da adubação e fertilidade do solo Ano de Lançamento: 2007

País: Brasil Região: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste, Sul Estado: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina Bioma: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa, Pantanal

Unidade Responsável: Embrapa Hortaliças

Unidades Participantes: Embrapa Hortaliças

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