Esta prática agropecuária tem como objetivo o monitoramento populacional das moscas-das-frutas (Tephritidae), fornecendo informações básicas importantes de ordens prática e teórica para a tomada de decisão sobre o momento mais adequado para se iniciar as ações de controle integrado de insetos-praga da fruticultura nacional. Deve ser utilizada em programas de supressão populacional do inseto-praga em pomares comerciais voltados ao mercado interno e externo. Por meio do monitoramento pode-se constatar a abundância e a flutuação populacional das espécies, possibilitando ações de controle integrado e, ainda, a detecção de espécies exóticas ou quarentenárias.

A técnica consiste na instalação, em pontos estratégicos do pomar, de uma rede de armadilhas contendo atrativo alimentar ou sexual visando conhecer o momento adequado para iniciar as ações de controle. O sucesso e a eficiência do monitoramento de adultos de tefritídeos dependem da qualidade do atraente (alimentar ou sexual), do tipo de armadilha utilizada e da sua localização correta em campo.

No monitoramento em larga escala utilizam-se dois tipos de armadilhas. Nas armadilhas tipo McPhail, para espécies de Anastrepha, recomenda-se estabelecer uma frequência semanal de inspeção, retirando todos os insetos capturados e os colocando em álcool 70%. Nas do tipo Jackson, para C. capitata, os insetos ficam presos quando entram em contato com uma substância pegajosa. A inspeção e a substituição dos atrativos ocorrem em intervalos de três a quatro semanas.