A Embrapa comemora bons resultados nas pesquisas que visam diversificar variedades de laranjas doces e tangerinas específicas para os estados da Bahia e Sergipe. Entre os destaques na pesquisa, com excelentes res ...
Mais... A Embrapa comemora bons resultados nas pesquisas que visam diversificar variedades de laranjas doces e tangerinas específicas para os estados da Bahia e Sergipe. Entre os destaques na pesquisa, com excelentes resultados, estão as laranjeiras Sukkari, Jaffa, Pineapple e as tangerinas Tangelo Page, Tangelo Piemonte, Tangelo Nova. No campo experimental da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Umbaúba (SE), pesquisadores trabalham com a enxertia, que consiste em incrustar uma pequena brotação de cultivar de interesse de citros, denominada copa, em uma muda de citros com maior vigor chamada de porta-enxerto ou cavalo. Faz parte das pesquisas determinar quais são as melhores copas e porta-enxerto para a região. Hoje, a maioria dos pomares sergipanos e baianos utiliza a laranjeira pera como cultivar copa enxertada em porta-enxerto de limoeiro rugoso ou cravo. É uma forma de aliar as características de sabor e aceitabilidade da laranja pera com a rusticidade e adaptabilidade dos limoeiros rugoso ou cravo, pouco comerciais. Mas centralizar o plantio regional em uma só variedade de copa e porta-enxerto traz problemas e não é a melhor estratégia comercial. “O plantio de uma só variedade de citros torna a cultura muito vulnerável às pragas e doenças. Ao diversificar, além de facilitar o controle desses problemas, os produtores e consumidores têm novas opções de mercado” explica o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Hélio Wilson Lemos de Carvalho. E não é só isso. Hélio Wilson acrescenta ainda que o uso de uma única variedade restringe o período de colheita. Em uma região, ao plantar outras variedades de copas, há colheitas em outros períodos. Isso faz com que aumente a oferta em períodos de entressafra e há melhor utilização da mão de obra regional. A Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju, trabalha em estreita articulação com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, de Cruz das Almas (BA). Ambos vêm trabalhando essas combinações e obtendo ótimos resultados. Vejam mais detalhes das variedades: LARANJAS Sukkari Variedade de laranja lima com baixa acidez. Paladar muito bem aceito pelo consumidor, particularmente entre crianças e idosos. Mostra-se bem adaptada às condições edafoclimáticas dos tabuleiros costeiros. Rendimentos médios de frutos em torno de 30 toneladas/há/ano. Excelente qualidade pós-colheita de seus frutos. Sincorá Representa uma opção de diversificação dos pomares, pela alta produtividade, destinada tanto ao mercado de fruta fresca quanto ao processamento para suco. Trata-se de um clone nucelar selecionado na Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), oriundo de semente da variedade Jinchen, introduzida da Província de Sichuan, China, onde foi selecionada em 1930 e intensivamente explorada. Jaffa Originária de Israel, é também explorada comercialmente no Egito, Grécia, Síria, Turquia e Paquistão . Caracteriza-se pelo porte médio, ramos abertos, boa produtividade, tendência à alternância de produção, maturação precoce dos frutos, qualidade dos frutos para consumo in natura e produção de suco. Pineapple Também se destaca com largo potencial de cultivo no Nordeste brasileiro, para consumo in natura e processamento de suco. Apresenta características de planta moderadamente vigorosa, altamente produtiva, de maturação precoce à meia-estação, ou seja, maio e junho. TANGERINAS Tangelo Page Planta adulta de pequeno porte, copa arredondada, com frutos de tamanho pequeno, forma arredondada, sem sementes. Apresenta maturação precoce à meia-estação, de abril a julho. Nas áreas experimentais, após seis anos de plantio, vem alcançando cerca de 20 toneladas por hectare/ano de frutas. Tangelo Piemonte De pequeno a médio porte, copa arredondada, frutos de tamanho médio, de forma achatada, com cerca de 20 sementes, casca lisa e aderente, coloração avermelhada da polpa. Maturação tardia, a partir de agosto. Essa característica, aliada à excelente coloração dos frutos e facilidade no transporte, faz com que essa cultivar se apresente como real opção à citricultura de mesa, no Nordeste brasileiro. Nos trabalhos experimentais, em Umbaúba, vem atingindo patamares de produção entre 30 e 50 toneladas por hectare/ano, de acordo com o porta-enxerto utilizado. Tangelo Nova Planta adulta de porte pequeno a médio, copa arredondada, fruto de tamanho médio, sem sementes, de cor alaranjada. Maturação precoce á meia-estação, de abril a julho. Vem apresentando produtividade de frutos ao redor de 25 toneladas por hectare/ ano, após atingir a fase adulta, em área experimental da Embrapa, em Umbaúba. Assista também: https://youtu.be/08yUsTWwSP8 Quer mais informações sobre o tema entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) www.embrapa.br/fale-conosco/sac/ A reportagem é da TV Aperipê, Programa Sergipe Rural, emissora estatal de Sergipe parceira da Embrapa. Repórter Patrícia Dantas. Imagens Jorge Henrique Menos...
De: Embrapa
Postado em: 02/08/2018