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Curso ensina agricultor a produzir adubo de origem vegetal
Foto: Alessandra Bueno
Além de receberem instruções teóricas sobre o composto, participantes de curso na Embrapa Agrobiologia também aprenderam a tecnologia na prática
Uma alternativa ao uso dos adubos orgânicos nas lavouras, o composto 100% vegetal desenvolvido pela Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ) foi tema de curso realizado no último dia 29 na Unidade, promovido em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Nova Iguaçu/RJ. Participaram cerca de 28 pessoas, entre agricultores, técnicos e estudantes, provenientes sobretudo da baixada fluminense, de cidades como Duque de Caxias, Queimados, Japeri, Nova Iguaçu, Cachoeiras de Macacu, entre outras.
Esta foi a terceira edição do curso, que tem por objetivo transmitir noções básicas sobre o processo de compostagem orgânica de origem vegetal. A tecnologia, desenvolvida pelo pesquisador Marco Antônio Leal, utiliza materiais como torta de mamona, bagaço de cana-de-açúcar e palhada de capim-elefante, sem a necessidade de adição de inoculantes ou adubos minerais.
Além de informações teóricas, os participantes tiveram uma aula prática de compostagem, que mostrou o passo a passo da produção do adubo de origem vegetal. "O curso trouxe informações atualizadas, inovadoras e veio ao encontro de uma necessidade atual, que é a agricultura orgânica. Vou aplicar esse conhecimento na minha propriedade para tornar a produção melhor e mais saudável", afirmou o produtor rural George Albert Sodré do Nascimento.
Já para a estagiária do setor de agricultura orgânica da Embrapa Agrobiologia Junia Graciele da Silva, os conceitos abordados serão úteis para que ela leve a técnica aos pais, que são produtores rurais. "É uma forma de destinar os resíduos que a gente gera para um composto que pode ser utilizado para vários fins, como produção de mudas ou adubação", destacou.
Divulgação e acesso - Na opinião de Marco Antônio, a realização de cursos para disseminar a técnica da compostagem vegetal é fundamental. "É uma chance de divulgar a tecnologia que a gente desenvolve para os agricultores, que são os maiores interessados em utilizar a tecnologia", pontua. Segundo ele, a compostagem totalmente vegetal traz inúmeras vantagens, como o aproveitamento de resíduos e subprodutos da produção agropecuária ou urbanos.
Além disso, os substratos obtidos a partir desse processo apresentam qualidade superior aos similares encontrados no mercado, podendo ser utilizados também na agricultura orgânica. "Esses produtos são isentos de contaminação biológica, não utilizam adubos minerais e o seu custo pode ser muito inferior. Além disso, podem ser produzidos tanto em grande escala como na pequena propriedade rural, já que utiliza um processo industrial simples, que não necessita de grandes investimentos em infraestrutura", complementa.
Para saber mais sobre a compostagem vegetal, veja abaixo o vídeo "Composto 100% Vegetal", produzido pela Embrapa Agrobiologia em parceria com o Núcleo Interdisciplinar de Agroecologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia
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Alessandra Bueno
Embrapa Agrobiologia
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