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12/12/17 |   Transferência de Tecnologia

Técnicos cearenses aprendem novas técnicas de cultivo do algodão

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Foto: José Geraldo Di Stefano

José Geraldo Di Stefano - Participam do curso técnicos da Ematerce, Senar, FAEC, Centec, Esplar e prefeituras da região

Participam do curso técnicos da Ematerce, Senar, FAEC, Centec, Esplar e prefeituras da região

Cerca de 30 técnicos de assistência técnica e extensão rural do Sertão Central do Estado do Ceará participam nesta semana de curso sobre modernas técnicas da cultura do algodão, no município de Quixerambim, CE. A capacitação é o pontapé inicial do Programa de modernização da cultura do algodão no Ceará, anunciado pelo Governo do Estado no final de novembro.

O objetivo é prepara-los para prestar assistência aos cerca de 500 produtores que devem integrar o programa no próximo ano. A meta para a safra 2018 é cultivar 2 mil hectares de algodão em Quixeramobim, Quixadá e Senador Pompeu, municípios que já foram grandes produtores de algodão e agora buscam retomar o cultivo alinhados às novas técnicas de produção.

Um dos pontos mais importantes da programação é manejo correto do solo para evitar perdas desse recurso. “O algodão é um mote para refletir sobre o sistema de produção no Estado e para que tenhamos boas práticas agrícolas do algodoeiro, recuperação de solos, introdução do plantio direto, Manejo Integrado de Pragas, novas variedades, ou seja, uma grande proposta de transformação do sistema de produção do algodão no Ceará”, avalia o supervisor de transferência de tecnologia da Embrapa Algodão, José Geraldo Di Stefano.

Outro aspecto que será enfatizado durante a semana é manejo do bicudo do algodoeiro, principal praga da cultura. “É preciso destruir as soqueiras (restos culturais do algodão) e seguir um calendário de plantio e de colheita na mesma época. Cada produtor deve se importar com o outro porque está em risco o vazio sanitário do bicudo. Se seguirmos essas regras vamos ter um vazio sanitário cada vez maior para diminuir a população de bicudo”, afirma Di Stefano.

O curso teve início na segunda-feira (11) e segue até sexta-feira (15) com palestras sobre qualidade da semente, novas cultivares, preparo e conservação do solo, identificação dos sintomas e carências nutricionais do algodoeiro, sistemas de rotação de cultivos para a produção do algodoeiro no Brasil e sua interação solo e planta, bioecologia do bicudo e fenologia algodoeiro e Manejo Integrado de Pragas e Doenças. Também será abordada a gestão da propriedade para a produção de algodão como um negócio rentável. A capacitação culmina com um seminário de mobilização aberto aos produtores da região.

Participam do curso técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Instituto Centro de Ensino Tecnológico do Ceará (Centec), Centro de Pesquisa e Assessoria Esplar e prefeituras.

O Programa de modernização da cultura do algodão no Ceará é coordenado pela Embrapa, Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), FAEC, Ematerce, Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) e Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).

 

Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão

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