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05/07/19 |   Transferência de Tecnologia

Ceará recebe dias de campo sobre a cultura do algodão

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Foto: Ramon Vasconcelos

Ramon Vasconcelos - Dia de campo em Porteiras,CE

Dia de campo em Porteiras,CE

Os municípios cearenses de Porteiras e Mauriti receberam nos dias 13 e 27 de junho, respectivamente, dias de campo sobre a cultura do algodão. Os eventos fazem parte das ações de revitalização da cotonicultura no Estado. A realização foi das prefeituras anfitriãs, em parceria com a Embrapa Algodão, Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Secretaria do Desenvolvimento Agrário, Ematerce, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), Superintendência do Meio Ambiente do Ceará (Semace), Santana Têxtil, Banco do Nordeste, Banco do Brasil e a empresa de insumos agrícolas Terra Fértil.

O pesquisador Fábio Aquino de Albuquerque relata que o objetivo foi divulgar a cultura do algodão entre os agricultores, técnicos e autoridades da região, assim como alertar para o manejo adequado da principal praga da cultura, o bicudo do algodoeiro, que já trouxe grandes prejuízos aos cotonicultores cearenses no passado.

Em Mautiti, o dia de campo aconteceu na Fazenda Araticum, onde foram demonstradas a boas práticas de cultivo, manejo sanitário, apoio governamental, crédito e comercialização do algodão. Também se avaliou a experiência exitosa da fazenda, vislumbrando a disseminação para outros produtores do município interessados na retomada do plantio do algodão. O anfitrião Márcio Martins está otimista com o cultivo e já garante que ampliará sua área na próxima safra. Este ano, foram cultivados 148 hectares em Mauriti. A meta para 2020 é chegar aos 500 hectares.

Em Porteiras, o evento foi realizado no sítio Coxos, de propriedade do agricultor José Alves Santana, que seguindo as recomendações dos técnicos da Embrapa e da Ematerce, obteve colheita satisfatória de algodão. Segundo a Ematerce, Porteiras possui uma área de 82 hectares, distribuída entre 22 agricultores, e sua produtividade é estimada em torno de 2.500 a 3.000 quilos por hectare. Ao final do encontro, a empresa Santana Têxtil, que já garantiu a compra da produção, reuniu-se com os produtores para detalhar os passos da negociação.

Um terceiro dia de campo está previsto para este mês de julho no município de Milagres, também no Ceará, em data a ser confirmada, com a presença do governador do Estado.

O Ceará já foi um dos líderes da indústria têxtil do País, com grandes fábricas de fiação e de tecelagem. O programa de revitalização da cultura algodoeira no estado visa encurtar as distâncias entre os produtores e a indústria têxtil local, que hoje importa sua matéria prima do Mato Grosso e da Bahia.

Com informações da Ematerce e Mauriti em Destaque

 

Edna Santos (MTB/CE 1700)
Embrapa Algodão

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