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Zoneamento agrícola de risco climático para o milho no DF e Entorno e no Oeste baiano será validado em reuniões técnicas pela internet
A Embrapa promove, no dia 23 de junho, reuniões técnicas para apresentar e validar os dados sobre o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do milho 1ª e 2 a safras para a região do Distrito Federal e Entorno, às 9h, e para a 1ª safra no Oeste da Bahia, às 15h, em parceria com a Fundação Bahia. Em virtude da pandemia da Covid-19, os encontros serão realizados via internet, no endereço http://conferenciaweb.rnp.br/webconf/zarc.
Com participação de corpo técnico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os eventos são destinados a produtores rurais, consultores técnicos, gestores públicos, representantes de entidades de pesquisa e ensino, de bancos, de cooperativas e do setor privado. A metodologia do Zarc e os dados para as regiões serão apresentados pelo pesquisador Fernando Macena, da Embrapa Cerrados (DF).
“As reuniões de validação servirão para atualizar as datas de semeadura com menor risco climático para a cultura do milho, além de orientar os produtores para a escolha dos melhores tipos de solo quanto à capacidade de armazenamento de água e das variedades mais resilientes e adaptadas para cada região, contribuindo para a racionalização do crédito agrícola”, explica Macena.
As informações validadas servirão de base para relatórios que serão elaborados pelos pesquisadores da área de agroclimatologia da Embrapa Cerrados e encaminhados ao Comitê Gestor do Zoneamento Agrícola de Risco Climático da Embrapa. O comitê fornecerá as informações ao Mapa para que seja publicada uma portaria disciplinando o Zarc para o milho no Distrito Federal e Entorno (1ª e 2ª safras) e no Oeste baiano (1ª safra).
Sobre o Zarc
Desenvolvido pela Embrapa e parceiros, o método Zarc é aplicado no Brasil como política pública desde 1996, por meio do Mapa. Ferramenta tecnológica de análise de risco em função da variabilidade climática, o Zarc indica as melhores datas ou períodos de plantio/semeadura por cultura e por município, considerando as características do clima, o tipo de solo e o ciclo de cultivares, a fim de evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases mais sensíveis das culturas, minimizando as perdas agrícolas e contribuindo para o aumento da produção e da produtividade.
A ferramenta foi construída a partir de modelos matemáticos com informações climáticas e dados gerados em áreas de pesquisa agrícola. O trabalho com a metodologia envolve atualmente 25 unidades de pesquisa e mais de 100 pesquisadores da Embrapa no aprimoramento e na atualização do modelo para mais de 40 culturas, com alcance de 24 Unidades da Federação. Mas para que o Zarc seja realmente adequado à realidade da região, a Embrapa inclui a etapa de validação pelo setor produtivo.
A tecnologia é considerada uma ferramenta essencial de apoio à tomada de decisão para o planejamento e a execução de atividades agrícolas, para políticas públicas e, notadamente, à seguridade agrícola. Tanto que, para ter acesso ao Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro), ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária da Agricultura Familiar (Proagro Mais) e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observar as recomendações do Zarc. Além disso, agentes financeiros já estão condicionando a concessão do crédito rural ao uso do zoneamento agrícola de risco climático.
Breno Lobato (MTb 9417-MG)
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