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09/09/20 | Agricultura familiar Agroenergia
Embrapa Agroenergia e Mapa discutem projeto Pró-Canola
Com o objetivo de discutir as ações do projeto de inovação social Pró-Canola, a Embrapa Agroenergia se reuniu na última na quarta-feira (3) com o Superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimetno do Distrito Federal (SFA/DF) William Barbosa e com o Secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura (SDI/Mapa), Pedro Neto. A reunião foi realizada na SFA/DF.
O projeto Pró-Canola visa o desenvolvimento de um sistema de produção sustentável para o cultivo e processamento do óleo de canola na região do Cerrado, com foco na bioeconomia. As atividades de pesquisa serão desenvolvidas em parceria com a Cooperativa Agrícola do Rio Preto Ltda. (Coarp).
Entre as ações previstas, estão a avaliação de cultivares, do sistema de produção, e da viabilidade técnica no cultivo da canola. O projeto também prevê a análise do impacto socioeconômico e ambiental, o balanço de massa relacionado ao processamento do óleo de canola e estudos de mercado para a comercialização do óleo.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Agroenergia Bruno Laviola, o foco do projeto é atender as necessidades dos produtores rurais. "Há algum tempo produtores da região do Rio Preto vêm buscando uma alternativa de cultivo para o período da safrinha. Atualmente, a principal atividade é o plantio do milho. Com a implantação do projeto, queremos mostrar aos produtores que a canola também é uma alternativa que pode trazer ganhos econômicos", explica.
Canola: alternativa para safrinha no DF
Para o Superintendente Federal de Agricultura do DF (SFA/DF) William Barbosa, o Pró-Canola é de grande interesse para o Mapa. "Muito produtores rurais na região do Cerrado do DF enfrentam dificuldade com relação à rentabilidade do milho na safrinha. A canola vem como uma possibilidade de produzirem uma lavoura com boa aceitação no mercado e que também pode ser processada para a obtenção de farelo para a alimentação animal", comenta.
Outra vantagem apontada por Barbosa é o uso da canola para a produção de óleo que, além de ter grande apelo comercial e mercado consumidor, é uma oportunidade para o desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva na região. "Com certeza o Mapa, por meio da SDI, repassará o recurso para o desenvolvimento da pesquisa de todo esse arcabouço, que certamente vai beneficiar muitos produtores no DF", acrescenta.
O projeto envolve ainda a parceria da iniciativa privada, no caso a Cooperativa Agrícola do Rio Preto, que utilizará a sua estrutura para processar a canola, produzir o óleo e usar o resíduo (farelo) para ração animal.
O trabalho de tropicalização da canola tem apresentado resultados que mostram o potencial desta oleaginosa para atender a demanda dos produtores. "Em parceria com os produtores, iremos desenvolver todo o sistema de produção para que no futuro a canola possa ser uma opção viável de cultivo, exploração, comercialização do óleo e da torta para atender todos os agricultores da região do Rio Preto", destaca o pesquisador da Embrapa Bruno Laviola.
Mauricília Silva (MTb 429/AC)
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