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Estudos em bacias hidrográficas – Embrapa Meio Ambiente 38 anos!
A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) tem estudos sobre a relação do uso do solo com a qualidade das águas das bacias hidrográficas, que ressaltam a importância da restauração florestal.
Os estudos evidenciam que alterações nas áreas terrestres de uma bacia hidrográfica promovem modificações na integridade do ecossistema aquático, nos processos hidrobiogeoquímicos e na qualidade da água nos rios. Por meio desse conhecimento, os sistemas de produção agropecuária podem ser idealizados para o aumento da sustentabilidade almejada pela sociedade, que usufrui de alimentos, fibras e energia gerados por esse setor produtivo. "Uma produção mais sustentável possui a vantagem de conservar solo e água, beneficiar o clima local, prover volume para reservatórios hídricos e mitigar impactos nas áreas a jusante nas bacias", explica o pesquisador Ricardo Figueiredo.
Ele tem acompanhado o programa “Conhecendo as Águas da APA”, resultado das ações desenvolvidas no Movimento Reviva o Rio Atibaia, que surgiu em 1997 com a proposta de sensibilizar e conscientizar a população sobre a importância dos patrimônios histórico-cultural, arquitetônico e ambiental existentes em local onde viria a ser a APA de Campinas, SP. No Reviva é ressaltada a necessidade da preservação dos mananciais hídricos da região, em especial a bacia do rio Atibaia, um importante afluente que compõe as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), responsáveis pelo abastecimento de mais de 60 municípios com uma população de 5,5 milhões de habitantes.
“A água, no seu caminho, chega pela chuva, é estocada no subsolo e pode chegar mais ou menos rapidamente no curso d’água a depender do escoamento superficial. Uma gestão ambiental bem conduzida nas suas sub-bacias pode aumentar o potencial do rio Atibaia para o abastecimento de nossas cidades. Devemos avaliar o que precisamos fazer para que se tenha maior produção e maior armazenamento de água para atender a demanda hídrica das nossas atividades", diz o pesquisador.
O reflorestamento é importante em especial nas áreas de recarga dos aquíferos, pois favorece a infiltração e armazenamento da água no solo. Ele protege também a manutenção dos fluxos das nascentes, assim como as margens dos rios contra a erosão. “Observamos, em outros trabalhos, que isso não se dá num passe de mágica, não é imediatamente, mas é ao longo do tempo que esse reflorestamento ajuda a recuperar a vazão nesses pequenos rios, que por sua vez irão abastecer os maiores", salienta Figueiredo.
O portal Água na Agricultura apresenta conteúdos sobre ciência e tecnologia para o manejo da água, desenvolvidos pela Embrapa.
Cristina Tordin (MTb 28.499/SP)
Embrapa Meio Ambiente
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