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Maracujás da Embrapa são apresentados em roda de conversa sobre plantas medicinais e fitoterapia
Foto: Adelyany Batista dos Santos
Pesquisadora Araci Alonso na apresentação no Cerpis, em Planaltina (DF)
As cultivares de maracujá desenvolvidas pela Embrapa foram apresentadas pelos pesquisadores Araci Alonso e Herbert Lima, da Embrapa Cerrados (DF), a cerca de 30 usuários da Farmácia Viva do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis), localizada no Núcleo de Farmácia e Manipulação de Fitoterápicos em Planaltina (DF). Eles participaram, no dia 6 de junho, da Roda de Conversa com troca de saberes sobre plantas medicinais e fitoterapia, que enfocou o potencial de uso de espécies de maracujá (Passiflora spp.) em terapias integrativas, promovida no Cerpis.
Araci Alonso falou sobre as diferentes espécies de maracujá presentes no Brasil; as cultivares desenvolvidas pelo programa de melhoramento genético da Embrapa Cerrados, como a BRS Mel do Cerrado (doce), a BRS Pérola do Cerrado e a BRS Sertão Forte (silvestres), as ornamentais, e os maracujazeiros azedos (P. edulis); a polinização do maracujazeiro; a importância do uso de mudas certificadas, além de divulgar o aplicativo AgroPragas Maracujá.
As espécies P. alata (maracujá doce), P. edulis (maracujá azedo) e P. incarnata constam na Farmacopeia Brasileira, código oficial farmacêutico do País que estabelece os requisitos mínimos de qualidade para insumos farmacêuticos, medicamentos e produtos para a saúde. Além disso, têm uso autorizado pela Anvisa para uso como fitoterápicos em terapias integrativas para o controle da ansiedade.
“Essas espécies podem ser usadas em chás e na produção de fitoterápicos. Os resultados das pesquisas do programa de melhoramento genético da Embrapa Cerrados geraram tecnologias para a produção de matéria-prima para esses produtos”, explica Herbert Lima.
As folhas secas do maracujá são utilizadas na medicina popular e tradicional para o tratamento da ansiedade, da tensão nervosa e da insônia. São, ainda, utilizadas como diurético, antiespasmódico, antitussígeno, antiasmático, para a melhoria da digestão e no tratamento de abstinência de cigarro e outras drogas.
Também foram palestrantes da Roda de Conversa o médico Marcos Freire Júnior, gerente do Cerpis de Planaltina; e Isabele Aguiar, farmacêutica responsável pela Farmácia Viva do Cerpis de Planaltina. Eles falaram sobre os usos medicinais do maracujá e a possibilidade de plantios comunitários.
Breno Lobato (MTb 9417-MG)
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