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Fruticultura irrigada no Vão do Paranã: Embrapa inicia capacitações de agentes multiplicadores
Agentes multiplicadores do Projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã participaram na última semana de três cursos de capacitação relacionados às culturas do maracujá, manga e pitaya – foco inicial das ações do projeto. As capacitações foram realizadas na quarta e quinta-feira (3 e 4) na Embrapa Cerrados (Planaltina-DF) por pesquisadores da Embrapa e contou com a presença de engenheiros agrônomos, extensionistas, técnicos e gestores públicos.
As capacitações referentes às culturas do maracujá e da pitaya foram conduzidas pelo pesquisador e chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Gelape Faleiro. Ele apresentou as cultivares desenvolvidas pela Embrapa, aspectos relacionados aos sistemas de produção e mercado das frutas. O treinamento referente à manga ficou a cargo do pesquisador Tadeu Graciolli Guimarães, que repassou instruções técnicas para o cultivo comercial da fruta.
“Esses dias foram fantásticos. Sou técnico agrícola, engenheiro agrônomo, tenho mestrado na área, mas como a gente trabalha com muitas culturas simultaneamente, temos que estar sempre nos atualizando”, afirmou Antony Machado, do Senar-GO, um dos participantes do curso que vai atuar no projeto. “A capacitação foi muito proveitosa. A Embrapa sempre tem novidades e é uma satisfação estar aqui”, disse Artur de Miranda, extensionista da Emater-GO. Ele também vai atuar no projeto já nessa fase inicial. “Estamos no momento de preparo do solo”, contou.
O projeto – o projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã está sendo implementado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa/GO) e conta com a parceria da Embrapa Cerrados e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Inicialmente, vão participar agricultores familiares dos municípios goianos de Flores de Goiás, Formosa e São João d’ Aliança. A área prevista total, cerca de 300 hectares abastecidos pelas barragens do rio Paranã e Ribeirão Porteira, alcança 4.500 famílias de 22 assentamentos rurais.
Nessa fase inicial, o projeto propõe atender cerca de 150 agricultores pré-selecionados que estão recebendo kits de irrigação adquiridos pela Codevasf. O investimento foi de R$ 9,3 milhões. Os agricultores foram selecionados por critérios técnicos, entre eles a disponibilidade de área e água e o interesse em participar das capacitações obrigatórias em manejo e gestão. Cada propriedade receberá um kit de irrigação para atender dois hectares.
Estratégias de transferência de tecnologia – além dos cursos de capacitação presenciais para agentes multiplicadores, a Embrapa Cerrados está trabalhando na oferta de cursos on-line, gratuitos e com certificação emitida pela Embrapa. Os minicursos sobre maracujás e pitayas já estão disponíveis para todos os interessados na Plataforma e-Campo da Embrapa. Os interessados devem acessar as plataformas do maracujá e da pitaya para realizar gratuitamente os minicursos. Em breve, também será oferecido pela Embrapa Cerrados na Plataforma e-Campo o minicurso sobre a manga.
Segundo o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Faleiro, diferentes estratégias têm sido utilizadas para as ações de transferência de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Cerrados e parceiros. A capacitação de forma presencial e on-line, montagem de unidades demonstrativas e de referência tecnológica, reuniões técnicas com os produtores, desenvolvimento de aplicativos para smartphones, uso de plataformas digitais e assistência técnica direta são exemplos de estratégias que serão utilizadas no projeto de fruticultura irrigada no Vão do Paranã.
De acordo com Faleiro, as ações vão envolver a Embrapa e seus parceiros estratégicos como a Codevasf, Emater, Senar, secretarias estaduais e municipais de agricultura, setor agroindustrial, agências de fomento e de acesso ao crédito, cooperativas e associações de produtores. “A Embrapa é uma empresa de pesquisa, mas a aproximação com o setor produtivo e as parcerias para ações de transferência de tecnologia são muito importantes para promover a inovação e melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais. Além disso, essa aproximação com o setor produtivo é importante para retroalimentar as ações de pesquisa e desenvolvimento e de transferência de tecnologia por meio da prospecção e levantamento de demandas reais dos produtores e dos demais atores da cadeia produtiva”, enfatizou.
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Juliana Caldas (MTb 4861/DF)
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